EnglishFrenchGermanItalianPortugueseSpanish
EnglishFrenchGermanItalianPortugueseSpanish

Mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe/Brasil, é graduado em Radialismo pela mesma universidade Federal. É especialista e tem interesses de pesquisas e estudos em Cinema (sobretudo, o brasileiro), Política e Pornografia. Filiado à Abraccine - Associação Brasileira de Críticos de Cinema.

Artigos deste autor:

Cinema
Wesley Pereira de Castro

“My English is not good. But my soul is better”: alguns comentários sobre a premiação do Globo de Ouro, em 2025…

A frase aspeada, neste título, foi pronunciada pela atriz brasileira Fernanda Montenegro, em 24 de janeiro de 1999, quando ela manifestou o seu contentamento pelo Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, entregue ao já clássico “Central do Brasil” (1998, de Walter Salles). Mais de vinte e cinco anos depois, na mesma premiação, Fernanda Torres, filha da referida personalidade, recebe, na noite de 05 de janeiro de 2025, o prêmio de Melhor Atriz Dramática pelo filme “Ainda Estou Aqui” (2024, de Walter Salles). O diretor é o mesmo, em ambos os longas-metragens, o que chama a atenção para uma questão referente à influência de determinados cineastas em premiações internacionais.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Eu estava muito ocupada. Por isso, desenhei em cinco minutos”, ou: o que esperar de um novo ano?

De que adianta ficarmos quantificando os filmes que vemos, os livros que lemos, ao invés de efetivamente apreciá-los? Tudo bem que, na maior parte das situações, isso advém de exigências externas, vinculadas ao agendamento midiático. Mas… Será mesmo que não dispomos de outras opções procedimentais, na execução daquilo que nos compete funcionalmente, em obrigações hebdomadárias, como a desta coluna, por exemplo? No filme “Look Back” (2024, de Kiyotaka Oshiyama), há uma situação em que uma personagem reclama que está entediada de tanto conceber mangás: “passo o dia inteiro desenhando-os e, mesmo assim, estou sempre longe de terminá-los. Prefiro voltar apenas a lê-los!”. Mais uma vez, não é casual que as interrogações estejam tão abundantes neste texto: elas converter-se-ão em ações.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Eu não entendo a geração de vocês, é tudo TikTok, Instagram…”: uma metonímia para o cinema norte-americano, em 2024

Se, na maior parte de suas duas horas e dezenove minutos de duração, “Anora” (2024, de Sean Baker) possui um ritmo frenético e consciencioso do término anunciado de seu transe efusivo, no desfecho, ele revela-se uma obra incrivelmente adulta, tal qual o faz-tudo armênio Toros (Karren Karagulian) requer para si mesmo, à guisa de alcunha, ao expor para Ani as incongruências das promessas feitas por Ivan, na ocasião do supracitado casamento. Mesmo que o filme não seja a obra-prima que muitos anunciaram, “Anora” conquista-nos pelo respeito direcionado a personagens que noutras obras hollywoodianas, seriam julgadas por seus atos afobados.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“— Quando um homem não enfrenta a guerra, ele é um covarde… — Se mais homens fossem covardes, não existiriam guerras!”: vamos falar sobre a temporada hollywoodiana de premiações cinematográficas?

Enquanto não saem as indicações oficiais ao Oscar 2025, e alguns fãs dos filmes listados digladiam-se como se estivessem representando torcidas de futebol – o que, em nossa opinião, é inadequado no cotejo entre obras de arte –, outro longa-metragem que surge como potencialmente favorito na categoria Melhor Filme Internacional é o italiano “Vermiglio” (2024, de Maura Delpero) que, tal qual “Ainda Estou Aqui”, estreou no Festival de Cinema de Veneza. Enquanto o filme brasileiro foi premiado com a láurea de Melhor Roteiro, “Vermiglio” recebeu o Leão de Prata (ou Grande Prêmio do Júri), além de outros prêmios setoriais – como “Melhor Filme Italiano” em competição, por exemplo.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [4/4] e a safra atual de filmes brasileiros: “tu sabes me dizer onde fica este endereço?”

Aproveitamos esta deixa para finalizar a nossa série de artigos sobre a quadrilogia de filmes baseada nas novelas reunidas no livro “Um Ano Inesquecível”, conforme iniciado aqui: baseado em “Amor de Carnaval”, da carioca Thalita Rebouças, “Um Ano Inesquecível: Verão” (2023, de Cris D’Amato), tanto quanto os demais títulos da cinessérie, efetiva mudanças consideráveis na adaptação. Neste caso específico, elas são mui alvissareiras, no sentido de que o texto original é o menos interessante da coletânea. O filme, por sua vez, é divertido na maneira como nos faz torcer por Inha (Lívia Inhudes), a filha de um político conservador de cidade de interior…

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [3/4]: “quer moleza? Estude [Ciências] Humanas”!

O truísmo que apregoa que todo mundo tem direito à liberdade de expressão, numa democracia, desemboca, atualmente, na proliferação de discursos de ódio, de inversão de valores considerados canônicos e de ode inassumida à extinção da humanidade. De que adianta continuar escrevendo, num contexto como esse? Chega-se o momento de falar sobre a adaptação cinematográfica da novela “A Matemática das Flores”, da blogueira e escritora Bruna Vieira, que deu origem ao longa-metragem “Um Ano Inesquecível” (2023, de Bruno Garotti & Jamile Marinho).

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [2/4]: “minha pele é preta para combinar com a cor de meus cartões de crédito”!

Para além de suas intencionais limitações distributivas – é um “filme de nicho”, voltado ao público adolescente –, “Um Ano Inesquecível: Outono” (2023, de Lázaro Ramos) escancara preconceitos indisfarçados do público pagante, que reclama da “infidelidade” do roteiro quanto ao texto original e que, a despeito das personalidades envolvidas, contribui para que o filme não seja tão visto quanto merece.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [1/4]: “alguém já parou para pensar que ‘Inferno’ e ‘Inverno’ são quase a mesma palavra?”

O lançamento, em 2015, do livro “Um Ano Inesquecível”, composto por quatro novelas românticas, cada uma delas concernente a uma estação do ano, animou parte do mercado editorial destinado ao público infanto-juvenil, mas gerou alguma desconfiança entre críticos literários sisudos, que rejeitam tramas intencionalmente escapistas. O mesmo ocorreu quando, em 2022, foi anunciada, pelo serviço de ‘streaming’ Amazon Prime Video, a produção e o posterior lançamento de uma quadrilogia de filmes, baseados nas novelas em pauta.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Quando se muda o corpo, muda-se de sociedade; quando se muda a sociedade, muda-se de alma”: sob quais pretextos conseguimos extrair música da violência?

Dirigido por um cineasta que já foi contemplado com uma Palma de Ouro – pelo irregular “Dheepan – O Refúgio” (2015) – e que recebera, anos antes, outro prêmio relevante no mesmo festival – o Grand Prix por “O Profeta” (2009), que talvez seja a sua obra-prima –, “Emilia Pérez” confirma o talento inventivo de Jacques Audiard, sendo, desde já, um dos favoritos à indicação de Melhor Filme Internacional, no Oscar 2025. E não será nada imerecido: o filme é impressionante, na maneira como conjuga convenções do melodrama e do realismo policial mexicano com os exageros de um musical ‘pop’ e o discurso identitarista.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Eu não gosto de negociar. Eu amo negociar. É uma arte!”, ou de como nasce e cresce um monstro capitalista…

É oportuno que, ao mesmo tempo em que lidamos com a péssima notícia da (re)eleição de Donald Trump, possamos assistir a um filme tão qualitativo quanto “O Aprendiz” (2024, de Ali Abbasi), que versa justamente sobre a juventude do político, quando ele ainda estava se firmando como um gênio imobiliário. Sobremaneira ambicioso, ele era desacreditado por seu pai, um empreendedor que enriqueceu a partir de subsídios públicos e benefícios fiscais. E foi justamente nisso que apostou o seu filho, a fim de tornar-se quem é hoje. Para tal, o apoio do advogado Roy Cohn [1927-1986] foi fundamental.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Por isso, o menino não fala: ele sente a tensão” — assim na Turquia como no Brasil!

No documentário “Os Maus Patriotas” (2024), o diretor Victor Fraga – que também esteve presente no evento – interroga o cineasta Ken Loach e, em determinado momento, pergunta-lhe se um realizador socialista pode servir-se de algum gênero que não seja o realismo. O filme turco “Rocinante” (2023, de Baran Gündüzalp) responde, na prática, de maneira mui similar ao que diz o britânico…

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Queimar e quebrar tudo é um estilo de vida?” Pode alguém ser preso por causa de um filme?

“A Semente da Figueira Sagrada” (2024, de Mohammad Rasoulof) começa com um letreiro que explica o título: a espécie vegetal Ficus religiosa, conhecida popularmente como figueira-dos-pagodes, é uma árvore que, após ter as suas sementes transportadas por pássaros, germina sobre a copa de outras árvores, até que suas raízes são enroladas em torno da espécie hospedeira, estrangulando-a gradualmente. É uma metáfora para o que ocorre na família representada.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Depois que aquele alarme de puberdade tocou, tudo começou a dar errado” — ou quando uma identificação legítima é também forçada!

Em “Divertida Mente 2”, ao invés de as situações ficcionais serem expostas ao nosso cotejo íntimo, a fim de que possamos ou não nos identificar, estas surgem como imposições generalistas, de modo que quase todo mundo assume que é ansioso e que experimenta recorrentemente o mal-estar apresentado no filme. Não se nega que isso ocorra de maneira espontânea, mas, ao mesmo tempo, tal condição faz parte de uma programação ardilosa da faceta hodierna do capitalismo: é mister tornar todo mundo ansioso e duvidoso das próprias capacidades (intelectuais, físicas, afetivas, etc.) para, logo em seguida, apresentar tramas em que isso seja tematizado explicitamente, de modo que o espelhamento identitário redunde em garantia de lucro e divulgação.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Se alguém me perguntasse ‘qual é a tua religião?’, eu responderia: ‘a infância’!”

“Saudade Fez Morada Aqui Dentro” (2023, de Haroldo Borges) é um filme que faz jus à potência poética de seu título. A despeito de acontecerem situações que, noutro tipo de desenvolvimento tramático, poderiam desencadear conflitos duradouros (uma briga entre namoradas, a própria cegueira de Bruno, a cena em que ele é abandonado por Ângela num local ermo), o roteiro – escrito pelo diretor e por Paula Gomes – é marcado pelo improviso, por uma impressionante naturalidade nas atuações, a ponto de, em inúmeros momentos, pensarmos tratar-se de um documentário.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Eu estava ocupado, imaginando como sufocaria todo mundo naquela sala”: daquilo que toleramos, politicamente…

“Zona de Interesse” é um filme atravessado por diversos paradoxos e contradições. A recepção crítica a ele foi bastante dividida, aliás: muitos apressaram-se em celebrar a produção como genial, por conta dos experimentalismos de seu diretor, que não mostra o Campo de Concentração de Auschwitz e, ao invés disso, faz com que percebamos o que acontece ali através de ruídos onipresentes e atemorizantes; houve quem tachasse o filme de ignóbil e manipulador pelos mesmos motivos, alegando que o realizador serviu-se de um pretexto atroz para exibir o seu virtuosismo técnico. E há quem considere que ambas as categorias não são necessariamente excludentes.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

Já inventaram um botão para pular as cenas de sexo, nos filmes? “É verdade que uma pessoa pode morrer de tanto transar?”

Nas mídias sociais, são abundantes – não enquanto piada, infelizmente – a requisição de um “botão para pular cenas de sexo” nos serviços de ‘streaming’. A fim de se evitar o prolongamento do machismo, via adoção assimétrica da nudez entre os gêneros, “joga-se o bebê fora, junto com a água suja”, para utilizar um oportuno ditado popular.

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“— Por que tu estás fazendo isso? — Porque tu permitiste”! [eis o recado: prestemos atenção àquilo que deixamos acontecer…]

O diálogo acima pertence ao filme dinamarquês “Não Fale o Mal” (2022, de Christian Tafdrup), recém-regravado por Hollywood. A versão homônima estadunidense, dirigida pelo britânico James Watkins, estreou nos cinemas em setembro de 2024, e surpreendeu pela celeridade com que foi realizado: para que refilmar, tão rapidamente, um filme que é quase inteiramente falado em inglês?

Ler Artigo »
Artigo Generalista
Wesley Pereira de Castro

Em defesa da mídia física: “quando não se tem algo bom para dizer, é melhor calar”?

O texto ora redigido surge como esforço deste colunista para lidar com os píncaros de uma estafa física e emocional, que o acomete há alguns dias. Partindo-se da pergunta “quem lê tanta notícia?”, que Caetano Veloso lança numa canção icônica (“Alegria, Alegria”), convém buscar algum alento nalgo que traz conforto legítimo, simultaneamente entretenedor e informativo. O colecionismo de mídias físicas surge como opção válida, ainda que a aquisição de DVDs não seja uma unanimidade entre os cinéfilos hodiernos…

Ler Artigo »
Música
Wesley Pereira de Castro

“Quando eu alçar o vôo mais bonito da minha vida/ Quem me chamará de amor, de gostosa, de querida?”: uma resenha musical.

Contendo quatorze faixas, compostas parcial ou integralmente pela cantora Liniker, “Caju” inicia-se de maneira intimista e dançante, com a faixa-título sobre uma paixão intensa, em que ouvimos ruídos de alto-falantes, em japonês, no que parece ser um aeroporto. O eu-lírico pergunta ao seu interlocutor quem estaria esperando por ela ali, pedindo para que seja diminuído o fluxo de viagens e eventos. “Será que você sabe que, no fundo, eu tenho medo de correr sozinha e nunca alcançar?”, ressalta a letra. É difícil não ser conquistado pelo tom confessional desta canção!

Ler Artigo »
Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Uma meio-médium é melhor do que nenhuma!”, ou será que um dos filmes de terror mais elogiados da temporada faz jus à divulgação?

Em razão de os filmes de terror serem produzidos aos borbotões, visto que se trata de um gênero muito lucrativo, obras qualitativamente descartáveis tendem a ser numerosas, de maneira que os aficcionados costumam desconfiar de títulos excessivamente divulgados. Produzido e estrelado por Nicolas Cage, ator conhecido por suas interpretações excêntricas, “Longlegs – Vínculo Mortal” (2024, de Osgood Perkins) teve algumas de suas cenas reproduzidas, fora de contexto, nas redes sociais, além de abundarem as piadas envolvendo o título original, que pode ser traduzido como “pernas longas”.

Ler Artigo »

LOGIN

REGISTAR

[wpuf_profile type="registration" id="5754"]