Bem-vindo aos entas,Sítio da ternura e verdade,Idade da aceitação e tormenta,Onde as memórias ganham saudade. Uns seguem sem lamento,Outros se perdem no medo.Quero viver com

Todos os dias, um amigoBrinda-me com isto,E eu levo comigoAlgo em que persisto. Penso: se simplificar,O som do tempo desacelera;Fica mais fácil melhorarA vida que

Está tudo tão confuso,Que o real fica sem espaço.Por que insisto no obtuso,Se o tempo marca o passo? Sonhos tornam-se (in)verdades,Sem razão que se apresente.Perco-me

Trabalha sem parar,para ter, para juntar.Mas morres sem viver,Sem tempo para ser. Pensas: “Isto é meu, mereci…”Falha um imposto,e vês quem manda aqui.Calma, não tenhas

A motivação é motor essencial,Impulso interno, força vital.Ela acelera ou nos devolve,Nos molda, nos envolve. Todos a querem, todos a buscam,Sonham com ela, mesmo quando

O mundo corre lá fora,mas aqui posso respirar.O pensamento demora,sem pressa de chegar. Depois, talvez, melhora.Posso sonhar, recomeçar.Lá fora, a pressa devora,mas cá dentro, posso

Confundem-se os pequeninos,que esperam sedução.Estes não são aromas finos,mas pura desilusão. Sim, há liberdade,mas o nariz não mente,E com toda a sinceridade,foge até o mais

Havia um país distante,Um país no limite da imaginação,A vida lá era empolgante,Chamavam-lhe o reino da repetição. Ouvíamos os pássaros a chilrear,Em mil cores a

As relações humanas,Têm como moeda a confiança,Mas a influência e o poderTrazem consigo a distância. A perceção molda o olhar,A realidade se vesteCom as cores

Metáforas datadas, palavras vencidas,Discursos vazios, verdades torcidas.Querem mudar, sem se transformar.Usam formas, mas sem inovar. Argumentos expirados, já fossilizados,Tentam manter-se sempre enturmados.Sabem do mundo, mas

Qual o sentido da vida?Talvez mais justo: Tem sentido?Pedes à IA que se humanize,Mas no trabalho, ficas contido. Máquinas tentam, enfim, amar,Enquanto os humanos esquecem

A sorrir, a brincar,Mas por dentro, vazio.Perguntam: “Estás a gostar?”Tu calas — nem um pio. O dia arrasta-se, sombrio.“Foi alguma desgraça?”“Nada…” — só sentes frio.E

Sinto pouco, mas bom,como quem vive um dom,de um dia, que foi o fim,mas começou de mim. Sabemos do que falo;na lembrança, eu resvalo.Os outros

Globalização, produtividade,Inovação e criatividade.Estabelece a tua rede,Uma voz que te excede. Dia e noite conectado,Sempre ativo, programado.Checklists, metas, progresso,Num trilho que parece sucesso. No trabalho,

Nem tudo o que parece éPor vezes, existem heróis que não usam capa;As maiores batalhas são internas… Uma dor que ninguém vê,Difícil de explicar para

Vinte e oito trinta,Verdade intensa,Calendário ou sentença,Memória nunca extinta. Quem sente, sabe.Não é só código postal;É raiz, é voz, é tribal,É onde o coração não

Um ensaio em versos, escrita sem certezas. Prosa dos preguiçososLi algures, errados não estão,Mas certos, e com razão?Por que estes caminhos viciosos? Lágrimas sem cadência,Parece

Ligo o computador e penso em escreverUns dias decidido, outros disperso.Inspirar, entre goles de consensual absorver,Sucumbo num verso. Sinto-me perdido,A mente corre mais que os

“Só sei que nada sei” –Alguém papagueava. Só respirei.Tanta certeza numa frase…Acredito que era uma fase. Certezas –Quando alguém vê uma bênção…Eu penso:uma prisão, disfarçada

Tudo tem um fim,Simples assim.Ou será que há mais além?Certezas, acredito que ninguém. Hoje, preparo o futuro,Com o passado sábio e maduro.O tempo em si