“— Quando um homem não enfrenta a guerra, ele é um covarde… — Se mais homens fossem covardes, não existiriam guerras!”: vamos falar sobre a temporada hollywoodiana de premiações cinematográficas?

Enquanto não saem as indicações oficiais ao Oscar 2025, e alguns fãs dos filmes listados digladiam-se como se estivessem representando torcidas de futebol – o que, em nossa opinião, é inadequado no cotejo entre obras de arte –, outro longa-metragem que surge como potencialmente favorito na categoria Melhor Filme Internacional é o italiano “Vermiglio” (2024, de Maura Delpero) que, tal qual “Ainda Estou Aqui”, estreou no Festival de Cinema de Veneza. Enquanto o filme brasileiro foi premiado com a láurea de Melhor Roteiro, “Vermiglio” recebeu o Leão de Prata (ou Grande Prêmio do Júri), além de outros prêmios setoriais – como “Melhor Filme Italiano” em competição, por exemplo.

Final de ano cinéfilo (ou de quando as nossas lembranças e sonhos confundem-se com os filmes que vemos)…

“Aftersun” (2022), longa-metragem de estréia da escocesa Charlotte Wells, foi um dos filmes mais incensados em 2022, tendo recebido algumas láureas no Festival de Cannes e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, entre outros prêmios. Além de ter seus direitos de exibição adquiridos pelo serviço de ‘streaming’ Mubi, este filme estreou em salas de cinema no derradeiro mês do ano, de modo que será lembrado nas listas individuais de muitos cinéfilos.

“Quando teus olhos se acostumarem à escuridão, a pantera aparece” (um filme terno, para além de qualquer listagem)

Sem quereremos aprisionar a beleza deste roteiro a um estratagema publicitário, convém elogiarmos a mais recente produção da cineasta Céline Sciamma, o delicado “Petite Maman” (2021): reconhecida entre suas especialidades constitutivas, deparamo-nos neste filme com mais uma trama sobre reconciliação geracional, através de um enredo com um toque de realismo mágico. Tal qual indicado pelo título, trata-se do encontro entre uma garotinha de oito anos (magnificamente interpretada Por Joséphine Sanz) e a sua mãe, na mesma idade que ela (interpretada, no caso, pela irmã gêmea da atriz infantil, Gabrielle Sanz). O entrosamento é imediato!

“Que mania de achar que a gente não pode ter as coisas!”, ou o Cinema enquanto evocação feliz do dia a dia…

Após ter estreado no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o longa-metragem “A Felicidade das Coisas” (2021, de Thaís Fujinaga) também fez parte dos lançamentos brasileiros exibidos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: primeiro trabalho de sua realizadora, este filme foi um dos mais elogiados por público e crítica durante o evento, o que é bastante compreensível. Muitíssimo bem conduzido em suas evocações da vida cotidiana, ele serve como um pertinente reflexo socioeconômico das mudanças políticas enfrentadas pelo Brasil nos últimos anos…

Amanhã é sempre longe demais

Hoje venho falar de emoções; daquelas que nem sabemos que temos até ao momento em que é tarde demais… Sabem do que falo? Não. Não estou a falar de amor – pelo menos do carnal; não me refiro aquele frenesim apelidado de “borboletas na barriga” que é não saber se somos correspondidos numa paixão. Do […]

Só eu sei porque fico em casa…

Venho falar, como não podia deixar de ser, do COVID19. Vou tentar ser breve… Estamos em Estado de Emergência. Isto significa que estamos mais condicionados do que estávamos; mas finalmente fechámos as fronteiras… Sempre achei que as fronteiras deveriam ter sido logo – se não fechadas –controladas e monitorizadas… E – francamente – nunca entendi […]

Transformar o dia-a-dia da família!

Venho-vos convidar a experienciarem o Coaching infantil e juvenil nas vossas vidas! É um ponto sem retorno onde percebemos como pode ser fácil e gratificante esta viagem parental. O meu interesse por esta área surgiu de uma necessidade, da necessidade de saber lidar com os meus filhos no dia-a-dia de forma harmoniosa, clara e sem […]

O Natal e a Amizade

A amizade, tal como outros sentimentos profundos, não é quantificável nem definível nem observável. Pertence àquela rara classe de interações humanas que todos sabem do que se trata, mas cuja tradução em palavras estará sempre incompleta.

Para além das láureas merecidas e (pré-)indicações aguardadas, visibilidade feminina importa!

Numa genial demonstração de pleno controle de sua ‘mise-en-scène’, o cearense Karim Aïnouz eventualmente faz com que a trama seja atropelada por efeitos sonoros perturbadores, explosões cromáticas deslumbrantes e efeitos de montagem sobremaneira elaborados em suas implantações elípticas. O pendor melodramático apresenta-se de maneira pós-moderna, maneirista, onipresente mas não centralizada, como ocorre nos clássicos norte-americanos…

A ausência sentida, quando advinda de uma morte anunciada

Deparamo-nos, neste filme, com uma demonstração prática de questionar o próprio cotidiano do realizador, enquanto ele imerge na feitura de uma obra cinematográfica: onde começa a vida e onde termina o filme (ou vice-versa)? O próprio diretor responde, numa entrevista: “eu não consegui terminar o filme. Ele era maior que eu. Eu apenas o interrompi!”.