A Galeria Marca de Água lança concurso nacional de desenho intitulado “Desenhar a História, a partir das fotografias de Fernando Ricardo”. A Câmara Municipal do Funchal junta-se uma vez mais à galeria, numa iniciativa agora para promover a interação dos públicos infanto-juvenis, junto da arte contemporânea, nomeadamente com recurso ao desenho e às novas tecnologias digitais.

“Estas são relevantes ferramentas para promover, divulgar e valorizar a arte e cultura, no espaço regional e nacional”, refere Raquel Fraga, diretora artística da Galeria Marca de Água.

Este concurso surge da necessidade da Galeria Marca de Água prosseguir com a sua programação, adequando as suas atividades à nova conjuntura. Esta iniciativa é demonstrativa da missão da galeria de captação de novos públicos e promoção da criação cultural e artística.

O objeto do concurso é a interpretação através de desenho, das obras fotográficas que integram a exposição “Momentos” da autoria do fotojornalista Fernando Ricardo, atualmente patente na Galeria Marca de Água, situada na Rua da Carreira 119, no Funchal.

Este o concurso de desenho, que decorre até 5 de novembro, é dirigido aos alunos do 1º, 2º, 3º ciclo e secundário de todo o território nacional. O painel de jurados deste concurso, é constituído por cinco elementos, a saber: a Vereadora Madalena Nunes, com o Pelouro da Cultura, em representação da CMF; Vasco Fraga e Raquel Fraga, em representação da Galeria Marca de Água; o fotojornalista Fernando Ricardo, autor das obras em apreço e Diogo Goes, curador da galeria e professor do ensino superior.

A CMF ao associar-se a este concurso de desenho, enquanto entidade parceira, disponibiliza um conjunto de prémio aos alunos vencedores.

A 12 de novembro serão revelados os vencedores e decorrerá a entrega de prémios nas instalações da galeria. De destacar que a Galeria Marca de Água, registou no ano transato mais de 11000 visitantes, trabalhando com mais de 43 artistas e tido expostas mais de 500 obras com 21 visitas orientadas, 12 oficinas criativas, 10 parcerias e 2 conferências.

Reabertura da “Marca de Água”

A galeria procedeu à sua reabertura ao público, no passado dia 18 de maio, data em que celebrou o seu terceiro aniversário e em que se assinalou o dia internacional dos museus, com mais iniciativas e atividades. Ela reabriu no horário já anteriormente praticado, de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h30, estando também disponível para visitas noutro horário mediante marcação prévia.

A direção artística, a cargo de Raquel Fraga, destaca “a necessidade de um novo enquadramento da programação, adequando-a à nova realidade, no modo de interação com os públicos, que todos os espaços culturais irão presenciar.”

Face a situação atual do COVID-19 a Galeria Marca de Água elaborou um plano de contingência que define todos os procedimentos recomendados pela autoridade nacionais e regionais de Saúde, garantido a boa prática boas práticas de segurança, higiene e distanciamento social, no interior do espaço cultural, refere a galeria.

Prolongamento da Exposição “Momentos”

A exposição “Momentos”, inaugurada a 16 de janeiro, mereceu até ao passado mês de junho, a visita de mais de 3500 espectadores, apesar do encerramento temporário durante o período de “Estado de emergência”. A organização revela que “devido ao facto da exposição ter estado patente ao público, durante pouco tempo, devido corrente situação, de prevenção e combate à pandemia, a direção artística, entendeu prolongá-la, devido à qualidade e pertinência da mesma, possibilitando a maximização de visitantes e para o público consiga fruir durante mais tempo das obras fotográficas de autoria do mais importante fotojornalista português” – Fernando Ricardo.

A exposição “Momentos”, reúne uma seleção de cento e vinte obras fotográficas de momentos marcantes da vida do fotógrafo Fernando Ricardo, nomeadamente em África; fotografias de cenas de hábitos, costumes e tradições de Portugal e personalidades e religião. Fernando Ricardo fotojornalista desde 1970 é conhecido por ser um dos mais importantes fotojornalistas portugueses, sendo também chefe da Agência The Associated Press; Repórter fotográfico da Agência Gamma; Repórter fotográfico da Agence France Press; Bolseiro do conselho da Europa em fotojornalismo e diretor de fotografia do grupo Edipresse/impresa.

História da Galeria

A Galeria Marca de Água com direção artística de Raquel Fraga, fundada a 18 de maio de 2017, tendo por missão promover, divulgar e valorizar a arte contemporânea, através da realização de exposições, intervindo junto da comunidade onde se insere. A Galeria tem vindo a promover além de exposições de artes plásticas e visuais, no domínio da arte contemporânea, também uma programação que contempla um conjunto de serviços educativos e atividades, nomeadamente, conferências, visitas orientadas, oficinas de expressão plásticas entre outras iniciativas.

A direção artística está cargo de Raquel Fraga, também proprietária da Marca de Água, licenciada em História de Arte pela Universidade de Lisboa. Anteriormente já havia liderado o projeto de uma galeria no pátio alfacinha, em Lisboa, com o nome de “Bagatela”. Foi curadora na Fundação Milllennium BCP, e colaborou como apresentadora com a RTP em diversos projetos televisivos.

Como curador está Diogo Goes, licenciado em Artes Plásticas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Diogo Goes é investigador e professor do ensino superior, lecionando História da Arte e História de Portugal. Como artista plástico conta com mais de cinquenta exposições individuais e mais de centena e meia de coletivas no seu currículo. Colabora com a Marca de Água, na programação e curadoria, desde janeiro de 2019.

A Galeria Marca de Água desde a sua fundação conta já com inúmeras exposições individuais e coletivas, eventos, como os próprios números revelam, contando ainda com projetos de diversos artistas internacionais de renome, nomeadamente, Albuquerque Mendes, Álvaro Lapa , Ângelo de Sousa, Armando Alves, Graça Morais, Joan Hernández Pijuan, Jorge Pinheiro, José Manuel Ciria, Jules Maidoff, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Júlio Resende, Justino Alves , Karel Appel, Manuel Casimiro, Nadir Afonso, Nikias Skapinakis, Rafael Canogar, Rogério Ribeiro, Rui Pares, Fernando Ricardo e Hernando Urrutia. E, também artistas madeirenses consagrados, a exemplo, Filipa Venâncio, Guareta Coromoto, Carolina Fernandes, José Fernandes, Rita de Andrade, Rita Pestana, Paulo Sérgio BEju, Dina Pimenta e Diogo Goes.

Um dos principais objetivos da galeria é impulsionar e dar destaque aos artistas regionais, destaca Raquel Fraga.