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Desejos, balbúrdia e telefonia.

Desejos, balbúrdia e telefonia.

Ter o som a anunciar

Tanta coisa que ele talha

Tanta alma, tanta tralha

Tanto antolho a desatar

Tanto entulho a apurar

Tanto escolho a ultrapassar

Que são gritos,

São presságios,

São informes,

São adágios 

– Baladas,

Sonatas,

Cantatas 

– Melodias:

É a vida a fervilhar

Slap, slap, slap

Vzi, vzi

Cri, cri, cri

Bleng, bleng

Uuú, uuú, uuuá

São sirenes, são badalos

São rumores, ressonâncias

Cavos, roucos

Agudos, ocos

Alguns loucos 

A delirar

Vozes imortais

Celebrações

Cantochões

E madrigais

Há chilreios,

Há agouros

Vivos tesouros

– Esmorecer

– Cercar o ouro!

Tric, tric

Roc, roc 

A serrar

Trec, trec, prazenteiro

Rrr, rrr, desenfreado

Zzz, zzz, desesperado

Ch, ch, ch, zombeteiro

Longos sopros

Apitos compridos

E outros soltos

Gritos, grunhidos

Cantos, chamados  

Sonora marcação

Muitas dirão que sim

Outras dirão que não

Sinfonia ansiosa

Revérbero sonoro

Estranha  vibração

Temos os bichos na floresta

Em constante ebulição.

Antológicas, página 113.

Foto de capa: Domínio publico, por Pixabay.

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