No passado dia 30 de outubro, decorreu o segundo turno da disputa presidencial no Brasil, que declarou Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do Partido Trabalhador, presidente do Brasil pela terceira vez. Jair Bolsonaro (Partido Liberal), candidato à reeleição, foi derrotado por uma margem mínima. Com 98,81% das urnas apuradas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atribuiu a Lula da Silva 50,83% dos votos válidos, contra 49,17% de Jair Bolsonaro. Assim, com a eleição matematicamente definida, o TSE confirmou a vitória do candidato do Partido Trabalhador.
No seu discurso de vitória, o atual presidente do Brasil destacou que “a maioria do povo brasileiro deixou bem claro que deseja mais e não menos democracia, deseja mais e não menos inclusão social e oportunidades para todos, deseja mais e não menos respeito e entendimento entre os brasileiros, em suma, deseja mais e não menos liberdade, igualdade e fraternidade”.
Importa referir que Lula da Silva já havia governado o país entre 2003 e 2006 e, num segundo mandato, entre 2007 e 2010. Desta forma, Lula da Silva tornou-se o primeiro político brasileiro a garantir um terceiro mandato presidencial, e Bolsonaro o primeiro candidato à reeleição a ser derrotado nas urnas numa disputa presidencial.
Com as suas ações penais anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Lula regressa à presidência do país, após ter passado 580 dias preso condenado por corrupção no âmbito da operação Lava Jato, o que lhe impediu legalmente de concorrer à presidência na eleição de 2018.
Os resultados da disputa presidencial no Brasil têm sido comentados por todo o mundo. Lula da Silva tem sido felicitado por diversas figuras políticas, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa, chefe de Estado português, e Joe Biden, presidente dos EUA, além da União Europeia. Neste clima de celebração, a Noruega anunciou que a ajuda financeira que foi congelada durante o governo de Bolsonaro voltará a ser atribuída, no sentido de combater a desflorestação da Amazónia.
Ainda que tenha vencido a disputa presidencial no Brasil, Lula da Silva herda um país dividido, fruto da polarização política que marcou as eleições presidenciais no país.
Imagem de capa: Domínio público, por Pixabay.



