“A gente não descobre o que é nosso sozinho!”, ou de como tudo o que fazemos resvala na crítica, inclusive em termos não-verbais…

Na tarde do dia 06 de junho de 2025, uma sexta-feira, como parte da programação associada à décima sexta edição do Unimídia, evento anual do curso de Comunicação Social – Midialogia, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), no Estado brasileiro de São Paulo, três críticos reuniram-se num debate sobre as suas atividades profissionais: Juliano Gomes, Marcelo Hessel e Rian Oliveira. Cada um deles possui afinidades com públicos distintos: o primeiro é editor da revista Cinética, e sobremaneira admirado pelos fãs de filmes contra-hegemônicos e de produções advindas de nacionalidades inóspitas e/ou vinculadas a esquemas distributivos paralelos; o segundo é co-fundador do ‘site’ Omelete, e um modelo para quem possui formação universitária e deseja se estabelecer devidamente no mercado de trabalho; e o terceiro é um chamariz neogeracional, famoso por divulgar uma página de chistes cinematográficos, conhecida como Hulk Cinéfilo.

“O cinema [contemporâneo] deu uma encaretecida!” — ou de como são revigorantes os festivais de cinema independente!

Ocorrida entre os dias 24 de janeiro e 01 de fevereiro de 2025, a vigésima oitava edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, no Estado de Minas Gerais, dá uma importante oxigenada no cinema brasileiro, no sentido de que exibe produções que vão na contramão das idéias fixas e chavões conteudísticos, quanto ao que é produzido ordinariamente. Evento que inaugura o calendário de encontros entre novos filmes, críticos e públicos, esta mostra chama positivamente a atenção pelo estímulo às narrativas inusitadas e/ou comumente rejeitadas – ou, mais que isso, pela exibição de obras em que se constata a ausência de narrativa (tradicional) e o questionamento ostensivo da mesma. Por isso, a temática que norteia a atual edição é uma pergunta: “que cinema é esse?”. As respostas possíveis surgem durante as exibições, conversas e debates acalorados.

“É preciso uma guerra revolucionária contra a guerra imperialista para acabar de vez com a Guerra” (à guisa de manifesto)

No fulgor de seus oitenta anos de idade, o cineasta Neville D’Almeida esteve disposto a comparecer num cinema de rua, na pequena cidade nordestina de Aracaju – capital de Sergipe, menor Estado do Brasil –, onde apresentou o seu primeiro longa-metragem para um platéia entusiasmada. Tratava-se de “Jardim de Guerra” (1968), filme atualmente exibido em sua integralidade, mas que foi tolhido pela Censura, que exigiu que o diretor concordasse com a retirada de seqüências importantíssimas, quando o filme tentou ser lançado, em 1970. Dentre estas, o discurso mui apaixonado proferido pelo ator Antônio Pitanga, que vocifera contra o racismo e profere o brado que intitula este artigo…

Debates vão lembrar os 47 anos da Independência da Guiné-Bissau

Para marcar estas quase cinco décadas do percurso da Independência da Guiné-Bissau, o Centro de Estudos Sociais Amílcar Cabral (CESAC) decidiu levar a cabo uma série de debates virtuais sobre o tema. O primeiro deles será realizado no dia 10 de setembro e tem como tema: “A Guiné-Bissau perante a atualidade do pensamento de Amílcar […]

Ser ou estar vivo. Eis a questão: 30 de janeiro, em Lisboa

A ideia foi lançada há três anos pelo governo de Emmanuel Macron e já começa a fazer parte da agenda anual. Em 2020, é no dia 30 de janeiro que se promove a noite dedicada à discus­são, ao debate, à conversa – em suma, à troca de ideias. E o mote para este ano é […]