“Antigamente, eu conhecia todo mundo; hoje em dia, quase ninguém”: o que será que mudou, depois que acabou a pandemia?

Ainda que ‘Tempo Suspenso” (2024, de Olivier Assayas) funcione como uma válida autocrítica acerca de como o diretor e seus amigos desenvolveram comportamentos obsessivos a partir da reiteração midiática do pavor de contágio, os diálogos não são tão inspirados quanto noutras produções do realizador: o desfecho é deveras anticlimático, resvalando numa lógica meramente explicativa de como funcionam as heranças familiares, que vai na contramão do que é exposto no impressionante “Horas de Verão” (2008), para ficar num contraponto imediato, quase invertido, em seu espelhamento contextual.

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [1/4]: “alguém já parou para pensar que ‘Inferno’ e ‘Inverno’ são quase a mesma palavra?”

O lançamento, em 2015, do livro “Um Ano Inesquecível”, composto por quatro novelas românticas, cada uma delas concernente a uma estação do ano, animou parte do mercado editorial destinado ao público infanto-juvenil, mas gerou alguma desconfiança entre críticos literários sisudos, que rejeitam tramas intencionalmente escapistas. O mesmo ocorreu quando, em 2022, foi anunciada, pelo serviço de ‘streaming’ Amazon Prime Video, a produção e o posterior lançamento de uma quadrilogia de filmes, baseados nas novelas em pauta.