Ao Vespeira (1925 – 2002)
(20 anos sem o Mestre.)
Da estirpe dos argonautas
Que Marcelino criou
Ciúme surrealista das pautas
Que a nuvem desintegrou
Do vento do deserto que sopra
Do fogo do deserto que arde
Sempre Norte, certo, obra
Tempestade, areia em luta, Marte
Samiel como novo anjo que voe
E corra incerto, e em si desate
Desastre, Saara redivivo que cantando entoe
Canção de despertar os mortos em toda parte.
Antológicas, página 46.
(Imagem de capa editada, domínio público. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marcelino_Vespeira)



