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Romança da cidade do Porto.

Romança da cidade do Porto.

Já não há mais ‘Boa Nova’,

Já não há mais tradição

Foram-se no tempo por prova

De uma diferente lição

Não mais se diz: Chega barco!

Neste porto de mil bocas.

Ai minha Nossa Senhora do Cais

Tenha piedade dos ais

Que nós choramos a Vós,

O que hoje traz os ‘Ós’

A cada nascimento

A beira deste cais de tantas histórias

Que vem do tempo das memórias

Em nós no justo momento

A dizer: NÃO ESTAIS SÓS !

Mareantes do Senhor dos Matosinhos:

Orem com muito amor

Nesta Ribeira de tantas, de imensas naus,

Vejam lá, sejam bonzinhos,

Que Ele veio de longe para nos livrar dos maus

E dos males e das misérias e da dor.

Há muita pedra nos quebrantos

Que não se abalam deste Pilar

E não espantam estas superstições

Das quais não nos podemos livrar,

Sejam concordes, sejam bons

Sempre assim, estes povos do mar.

Foram orar ao Senhor da Boa Passagem

A fugirem dos sopros desta pena ventosa

Desta poesia ou desta prosa

Para não se esquecerem do local de abrigo

Que o seu nome justifica,

Nem mesmo quando oram devotos ao Morto

Que naquela Penha fica

Que ficam cá presos a este Porto.

Diversa página 8.

Antológicas páginas 61 e 62.

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