“O olhar é uma asa que não voa…”
Alain Oulman.
No cais das colunas na baixa mar
Há muitos sobejos do esto
E restolhos a encontrar
Com gaivotas presto
Lá a sobrevoar
Em sua sanha pelo alimento
Em seu alvoroço e agitação
Para quem as contempla são alento
Para quem passa, pura emoção
Para eu que passo e contemplo
As colunas são de um templo
As águas, banho lustral
As aves, fuzilaria
De um amor desigual
Que em meu peito bateria
… E o Tejo salvará.
Antológicas, página 45.