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O pente do vento.

O pente do vento.

A Eduardo Chilida em sua eternidade.

A pentear cabelo inalcançável

Com a certeza de um ato gigante

Em momento admirável

Quando já chega ofegante

De suas lidas além

Vindo do mar para a terra

Indo da terra para o mar

Recalcitrante, mas não se sabe com quem

Para fazer mais desta eterna guerra

Nesse dilema que vem

E propõe refutação razoável

Com seus muitos pelos revoltos

Para desembaraçar com carinho imperecível

Um a um esses ventos convoltos

Na realização do impossível.

Antológicas página 69.

(Foto D.R.)

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