Francisco Ribeiro Telles, secretário-executivo da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) considera que é “urgente” a discussão e implementação de medidas que favoreçam a mobilidade dos agentes culturais e uma maior circulação de bens e serviços culturais no espaço da comunidade.
A declaração de Telles ocorreu na sessão de abertura da XI reunião de ministros da Cultura da CPLP, que decorre nesse final de semana na capital de Cabo Verde, país que atualmente tem a presidência rotativa da CPLP. A reunião dos ministros da Cultura tem como lema “As Pessoas, a Cultura, os Oceanos”.
“O mercado comum de livre circulação de bens e serviços culturais da CPLP, tema proposto por Cabo Verde para o debate da reunião, deve merecer a nossa maior atenção e compromisso”, afirmou o secretário-executivo. Para ele: “Mais do que oportuno, é urgente, discutir e implementar medidas que favoreçam a mobilidade dos agentes culturais e uma maior circulação de bens e serviços culturais no espaço da nossa comunidade”.
Segundo Telles, além dos benefícios econômicos, a mobilidade intensa as trocas culturais entre os países e isso é um importante instrumento para a valorização da diversidade que constitui a comunidade. Assim, disse ele, reforçar-se o conhecimento mútuo e o sentido de comunidade, que é singular na sua constituição e plural nas suas múltiplas manifestações.
Já para o embaixador de São Tomé em Cabo Verde, em representação do Governo são-tomense, a tão discutida mobilidade entre os países da CPLP é ainda “uma miragem”. A esse propósito, recordou que São Tomé aboliu os vistos para quem queira visitar o país durante 15 dias, situação que não é comum a todos os países da CPLP.
Na sua intervenção inicial, o ministro da Cultura e Indústrias Criativas de Cabo Verde, Abraão Vicente, deixou um apelo, no sentido de “as boas práticas de cada país” serem “as boas práticas de toda a comunidade”.
Com informações e imagem da agência Lusa



