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Festival online internacional reúne rappers, slammers e pesquisadorxs para descolonizar o “espaço lusófono”

Festival online internacional reúne rappers, slammers e pesquisadorxs para descolonizar o “espaço lusófono”

O projeto Barras Maning Arretadas vai realizar um festival online que irá movimentar todo o espaço lusófono, entre os dias 29 julho e 02 de agosto. O evento denominado “Festival Decolonial de RapSlam: Espaço Lusófono?” irá contar com edição do Slam Viral, lançamento do projeto cyphers virtuais com 180 rappers de 27 países, debates entre rappers e artistas, edição do Terra do Rap convida, expobeats e show do projeto Espaço Mossorófono.

A transmissão do festival será feita pelo Youtube do canal Barras Maning Arretadas. O Underground Lusófono irá apresentar textos diários com detalhes sobre cada iniciativa dentro do evento.

O PROJETO

O Barras Maning Arretadas é um projeto que uniu forças entre o interior do Nordeste do Brasil e o interior de Moçambique, buscando apresentar ao mundo formas de combate a opressão, tendo o rap como porta-voz dessa comunicação. Depois de realizar um projeto de rimas de 30 segundos, com o intuito de conhecer novos talentos e que teve adeptos de mais de 100 rappers e 11 países, o projeto apresenta o seu primeiro festival online, que é focado na descolonização do chamado “espaço lusófono” (o perímetro de colonização português).  Entretanto, a iniciativa tem conexão com 27 países e todos os continentes, focado sobretudo em povos oprimidos e em artistas de intervenção social.

Com isso, haverá uma sessão especial para lançar o projeto de cyphers virtuais, produzidas em meio à pandemia, que foram feitas a partir dos equipamentos possíveis de serem acessados neste momento cruel e delicado que vive a humanidade. Cada cypher possui seis MC´s e pelo menos três países participantes. Ao todo, estão sendo produzidas 30 cyphers virtuais.

DEBATES (29 DE JULHO A 02 DE AGOSTO)

O evento vai contar com mesas de debate diárias, que são promovidas em parceria com instituições de pesquisa focadas no rap: Bloco 4 Foundation (Moçambique) e Universidade Hip Hop (Angola). Os temas são ligados a articulação entre a arte e o meio universitário, a descolonização contínua desse espaço lusófono por meio da arte, os diversos formatos de poetry slam, as experiências feministas de projetos coletivos e a readaptação sofrida pelo rap nessa época da pandemia do Covid-19.

Nos debates, estão os seguintes artistas: Eduardo Taddeo (Brasil), Sharylaine (Brasil), MCK (Angola), Telma Tvon (Portugal), Função Inversa (Moçambique), GOG (Brasil), Flavinha (Cabo Verde), Mamy (Angola), Kimani (Brasil), EvaRapDiva (Angola), Guiggaz M Power (Moçambique), Vinícius Terra (Brasil), Flagelo Urbano (Angola), Hamilton Chambela (Moçambique), Emerson Alcade (Brasil), Shiva (Portugal), Elisângela (Angola), Edyoung (Cabo Verde), Maria Giulia Pinheiro (Brasil) e Turmalina MC (Brasil). Da academia, figuram os nomes de pesquisadorxs experientes e que mostram sensibilidade à importância do rap como meio de transformação social, como são os caso de Boaventura de Sousa Santos (CES/Portugal), Tânia Macêdo (USP/Brasil), Isabel Ferin Cunha (Universidade de Coimbra/Portugal), Sara Araújo (CES-USP/Portugal), Susan de Oliveira (UFSC/Brasil), Redy Wilson Lima (ISCJS/Cabo Verde), Janne Rantala (Bloco 4 Foundation/Finlândia), Karlla Souza (UERN/Brasil), Tirso Sitoe (Bloco 4 Foundation/ Moçambique), Cláudio Bantu (Universidade Hip Hop/Angola) e 1000ton Nkanzale (Universidade Hip Hop/Angola) e Francisco Mbendzane (Bloco 4 Foundation). Há ainda também pessoas que figuram nos dois campos (arte e academia), como são os casos do rapper Renan Inquérito (Brasil), que possui doutorado em geografia, a slammer Raquel Lima (Portugal), que está cursando doutorado no Centro de Estudos Sociais em Portugal e do idealizador deste festival, Carlos Mossoró, que é RAPentista e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de Coimbra.

O debate do dia 01 de agosto terá como título “Rap Feminista: Experiências coletivas no espaço lusófono” e irá reunir as MC´s que lideram projetos buscando reunir as mulheres MC´s dos seus países. Logo depois, haverá uma sessão especial para apresentar os trabalhos das MC´s que já enviaram os seus trabalhos para o Maning Arretadas, são elas: Petra (Hungria), Lucero (México), Ginga (Angola), Karla Pasank (Bolívia), Miriam (Bolívia), Glau (Brasil), Rossana (Brasil), King A Braba (Brasil), Liddia (Brasil), Julie Lobo (Brasil), Neblina (Portugal), Casanova (Portugal), Mary M (Portugal) e Talucha (Moçambique). No último dia de evento, o público ainda será contemplado com o show de Negro Bey, rapper e ativista social de Guiné Equatorial.

EXPOBEATS (29 DE JULHO A 31 DE JULHO)

A sessão de expobeats visa apresentar os trabalhos dos beatmakers que voluntariamente abraçaram essa causa, disponibilizando os seus beats. A sessão de expobeats contará com Sinta o Beat (Moçambique), Carina Houston (Moçambique), Caboco (Brasil), Cesar Hostil (Brasil), Dedecco (Moçambique),  Chambeats (Brasil), IMBLGK (Moçambique), Nova Ka7 (Moçambique),  Jucka Anchieta (Brasil), N.E.X.U.S. (Moçambique) e D2K (Moçambique).

TERRA DO RAP CONVIDA (30 DE JULHO)

O Terra do Rap é o maior festival de rap direcionado a integração da língua portuguesa e já foi realizado, tanto no Brasil, como em Portugal. Agora, será realizado uma versão online do evento, que já conta com as participações de Tchacka (Moçambique), Sistah Afrikah (Moçambique), Savant Pepeu (Brasil), Professor Analfabeto (Moçambique), Olho Vivo (Moçambique), Lady R (Portugal), Visko (Portugal), Mega Skills (Angola), Gaspar Záfrica (Brasil), Odisséia das Flores (Brasil), Mc. Shaira Mana Josy (Brasil), Movimento Extremista Terceira Divisão (Angola), Waik Maik (São Tomé e Príncipe), Zafa MC (São Tomé e Príncipe) e Guiné (Portugal). Além disso, há mais três atrações a serem confirmadas.

SLAM VIRAL (01 E 02 DE AGOSTO)

Uma das principais atrações deste evento é o Slam Viral Decolonial, evento patrocinado pelo Centro Cultural Fundação CSN. Essa competição de poesia e performance vai reunir participantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe. O Slam Viral é uma competição de poesia e performance, que nasceu no Brasil em meio a pandemia. Com a impossibilidade de realizar eventos presenciais, iniciou-se um movimento para construir um slam online com participantes de várias regiões do Brasil. A partir daí, convidou-se os eventos de poetry slam desses países para realizarem seletivas. Assim, há duas pessoas para representar cada um desses locais.

ESPAÇO MOSSORÓFONO (29/05)

O Espaço Mossorófono é um projeto de parcerias musicais de Carlos Mossoró. Nesse projeto, ele convida artistas de vários países para comentar sobre a cultura e a situação política do país, comparando a situação deste país, com a realidade de Mossoró, cidade no interior do Rio Grande do Norte.

Xs convidadxs do Espaço Mossorófono são: FT – Revolução Feminina (Moçambique), Av Sistematic (Moçambique), Kuatro Ases (Moçambique), Damarys (Cuba), Jojo El 25-04 (Guiné Equatorial), Amém Ore (Brasil), Preto Kedé (Brasil), Muleca XIII (Brasil/Portugal), Luciana Carmo (Brasil/Portugal), Miguel George (Angola), Flagelo Urbano (Angola), Cheick Hata (Angola), Kardinal MC (Angola), Drux-P (Angola), Flavinha (Cabo Verde), Mestry Borges (Cabo Verde) e Imperador (Guiné-Bissau).

Mais informações: https://undergroundlusofono.com/2020/07/festival-online-internacional/

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