É este artigo sobre a ação do presidente dos Estados Unidos da América na intermediação do conflito em Gaza, a ponta atualmente mais sangrenta do problema israelo-palestiniano. Este mesmo que levou a uma nação democrática agir em barbárie, a perder a lucidez, e a fazer o impensável, na esteira da justificativa dos atos terroristas que sofreu, que lhe respaldavam direitos de diferentes ações. Passados dois anos, com a destruição absoluta de toda uma região de um país, e a excessiva mortandade que é classificável como genocídio, vem um falastrão insano, irresponsável, anunciar um percurso de solução para esta situação que levou a honorável Israel a perder todo o apoio internacional, restando-lhe o do único que nunca a deixará. “Oh Israel quantas vezes eu quis ajuntar os teus filhos” — até Jesus lamentou: Mateus 23:37.
Rua do Muro
Aquela rua em Nova York que vai da Broadway para a South street, e mesmo que os índios de Lenape não ataquem mais, e o muro seja desnecessário, a lama e a madeira do muro estão lá, e quem descuidar-se certamente sairá atingido, porque lá a guerra nunca para, mesmo que o contexto semântico se altere, coisa pouco provável, e mesmo com infinitas metonímias, que sempre ocorrerão, o muro é o que é, e os judeus sempre souberam encostar-se a ele sem se sujarem na lama, ou se arranharem na madeira, mantendo sempre uma proeminência existencial que os resguardasse, mantendo um poder absolutamente invisível, apesar de efetivamente perceptível, que é bíblico: Ezequiel 12:2, como nos Salmos 145:19. Os que não têm a noção de como são as coisas, acreditam que Israel pode ser pressionada, ou carece de amigos. Basta-lhe um, aquele que controlar o plátano da rua do muro, onde se reúnem sempre os que irão negociar os valores do mundo. Digo em real, em abstrato, com metonímia, ou sem ela: O MURO É FIRME.
c.q.d.
Usa-se essa expressão após demonstrarmos um teorema, e significa Como Queríamos Demonstrar – c.q.d. – porque fica ali a exposição clara do que afirma o teorema, em cuja nossa demonstração fique evidente que a proposição é correta. É assim que faz gente séria que pretende a obtenção de resultados a partir de uma dada proposição. Os atabalhoados dizem as coisas por dizer, propõem-nas porque lhes dá jeito, e, se politicamente conveniente, então é que perdem qualquer conotação com a realidade servindo a interesse do momento. Um teorema é uma coisa que tem compromisso com a eternidade, com um universo onde transitam coisas com imensa profundidade e as pessoas que nele lidam, quase sempre cientistas, têm um inquestionável compromisso com a verdade, e com a beleza das coisas, esta beleza que demonstra tudo numa ordem lógica, c.q.d. fazendo apanágio, uma vez que as qualidades inerentes do que se demonstra, manifesta-se em beleza, como acontece em tudo que nos transcende, e é porque é, e assim faz seu percurso. Qualquer outro procedimento é falso e não demonstrável.
As 21, agora 20, premissas de um roteiro natimorto
O falastrão insano e falacioso propôs uma lista com as premissas para estabelecer a paz, lista com impossibilidades consideráveis, uma vez que é certo que os interesses de parte a parte bloqueiam qualquer verdadeira negociação por dois flancos absolutos. O israelita que sabe que sempre ganhará o jogo enquanto houver a rua do muro, e o Hamas que absolutamente derrotado, seria o mesmo se vitorioso, só pode admitir uma perspectiva, sua sobrevivência. TUDO MAIS É FANTASIA.
Pergunta-se então: Qual a razão deste quadro negocial? A resposta é simples, o governo Nataniahu
sempre soube que no lugar onde está agora em Gaza city, é onde tudo se decidirá. Não começou por aí por duas razões: 1ª O ataque aí ocasionará a morte dos reféns (podiam bem inundar os túneis com água do mar e acabou-se o Hamas) e seria um escândalo. 2ª Sem a destruição do resto da faixa, os do Hamas sempre teriam para onde correr, agora não têm. Agora estará tudo justificado. E o falastrão insano ficará bem na fotografia, apesar de que o final vá ser horrível. c. q. d. ²¹ Os meus lamentos têm sido ouvidos, mas não há ninguém que me console. Todos os meus inimigos sabem da minha agonia; eles se alegram com o que fizeste. Quem dera trouxesses o dia que anunciaste para que eles ficassem como eu.
Lamentações 1:21
Uma resposta
Não se enganem o Hamas sabe que vai ser seu fim de um jeito ou de outro, por isso não precisa maiss dos refens.