Em julho próximo deve ser apresentada uma proposta de criação de um banco de desenvolvimento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Um dos proponentes dessa ideia é o ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia.
Em Lisboa, durante o 1.º Fórum de Economistas das Cidades de Língua Portuguesa, a ideia de criar um banco de desenvolvimento da CPLP surgiu, porém, mas nos bastidores do que como agenda do evento. Olavo disse que a intenção de levar essa temática para a reunião dos Estados-Membros da CPLP não significa criar o banco, mas apresentar a questão.
Para agência Lusa, o ministro afirmou que desenvolver essa proposta, em parceria com os demais países, mas que vai aproveita a liderança de Cabo Verde na CPLP para colocar a intenção de criar um banco da comunidade na mesa muito brevemente. A ideia, segundo o ministro cabo-verdiano, é criar um banco “que inclui atividade de financiamento, atividade seguradora e de capital de risco, para apoiar projetos bons, que precisam de financiamento, sejam de pequeno, médio ou grande porte”.
Segundo avaliou Olavo Correia, “o acesso ao financiamento nos nossos países é bem difícil, o custo é elevadíssimo, portanto se não tivermos instrumentos para quebrarmos esse enguiço”, os projetos que podem ser “muito importantes” para os vários países não avançarão, considerou. “Se não tivermos condições para fazer da CPLP um espaço económico e social, ela não vai existir, porque não há livre circulação de pessoas, não existem instrumentos para apoiar projetos empresariais, em parceria ou individuais, nos seus países, não há livre circulação de capitais e as burocracias são enormíssimas”, afirmou Olavo Correia.
Questionado sobre a capacidade de alguns Estados para financiar uma instituição deste tipo, o ministro cabo-verdiano disse que “os Estados têm capacidade, sim. Havendo vontade, objetivos e propósitos, penso que conseguiremos lá chegar”.
A possibilidade de criar um banco de desenvolvimento da CPLP também abordada por Vítor Ramalho, secretário-geral da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), que organizou o Fórum de Economistas das Cidades de Língua Portuguesa em parceria com a Ordem dos Economistas da Região Centro e Alentejo.
Com informações da Lusa
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