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COVID-19: Mais de 1,6 bilhão de pessoas ficaram sem meios de subsistência

COVID-19: Mais de 1,6 bilhão de pessoas ficaram sem meios de subsistência

A menos que países do mundo ajam juntos agora, a pandemia de COVID-19 causará “devastação e sofrimento inimagináveis ​​em todo o mundo”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres em uma reunião virtual de alto nível sobre financiamento para o desenvolvimento.

Lembrando que 60 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza extrema; a fome atinge “proporções históricas”; cerca de 1,6 bilhão de pessoas ficaram sem meios de subsistência; e houve uma perda de 8,5 trilhões de dólares na produção global – a maior contração desde a Grande Depressão da década de 1930 -, ele pediu uma resposta com “unidade e solidariedade. Estamos solicitando ações coletivas imediatas em seis áreas de importância crítica”, disse Guterres no evento online para alavancar mais fundos para o desenvolvimento sustentável.

Começando com a crise de liquidez global, ele disse que é ali que as crises econômicas e de saúde se encontram. “Um nexo perigoso que poderá se prolongar e aprofundar as duas (crises)”, exigindo a extensão dos Direitos especiais de saque (Special Drawing Rights) para complementar as reservas de gastos públicos. Os Direitos especiais de saque são um ativo de reserva internacional, criado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 1969 para complementar as reservas oficiais de seus países-membros.

Observando que as consequências econômicas da pandemia ameaçam uma onda de inadimplência nos países em desenvolvimento, prejudicando os esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, o chefe da ONU pediu “soluções duráveis ​​para dívidas, para criar espaço para investimentos em recuperação e nos ODS”.

Em seguida, ele pediu aos credores privados que detêm uma parcela crescente da dívida soberana dos países em desenvolvimento a encontrar incentivos para encorajar mais credores a fornecer alívio da dívida.

Guterres chamou a atenção para o financiamento externo, dizendo que alinhar os incentivos nos sistemas financeiros globais com os ODS aumentaria a confiança “para relançar o investimento no desenvolvimento sustentável”.

Voltando-se ao fluxo financeiro ilícito, como sonegação de impostos e lavagem de dinheiro, que priva os países em desenvolvimento de centenas de bilhões de dólares por ano, ele disse que “precisamos tapar os vazamentos” revisando os sistemas nacionais e as estruturas internacionais. O chefe da ONU enfatizou ainda a necessidade abrangente de “se recuperar melhor” dos estragos da pandemia de coronavírus.

A COVID-19 expôs e está exacerbando profundas desigualdades e injustiças que precisam ser combatidas, inclusive para mulheres que, frequentemente com menos economias e rendas mais baixas, sofrem impactos econômicos piores que os homens.

“Todos os nossos esforços devem ir para a construção de caminhos sustentáveis ​​e resilientes que nos permitam não apenas vencer a COVID-19, mas enfrentar a crise climática, reduzir a desigualdade e erradicar a pobreza e a fome”, destacou o chefe da ONU. Ele defendeu que devemos enfrentar esses desafios e perigos com “toda urgência, seriedade e responsabilidade. Passar pela COVID-19 e se recuperar melhor custará dinheiro. Mas a alternativa custará muito mais”, concluiu o secretário-geral da ONU. “Esta é uma crise global, e cabe a todos nós resolvê-la”.

Fonte: ONU
Imagem (vinsky2002) gratuita em Pixabay

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