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A GUERRA PELO BRASIL II — A anatomia do golpe.

A GUERRA PELO BRASIL II — A anatomia do golpe.

UM PROCESSO EXEMPLAR.

Só não deu certo pelas limitações intelectuais dos que tentaram, por não terem liderança, e por sua absoluta falta de carisma. Ninguém aceita um ditador imbecil.

Uma análise de outras tentativas de golpe feita na Turquia.

Componentes: Terrorismo político, local, não haver GLO (Garantia da Lei e da Ordem) = implica em atos criminosos graves, causar Alarme social em larga escala, danos graves na sociedade, Explosões, Ataques, simbolismo e aparência de Caos.

Na Turquia todos esses fatores estiveram presentes na tentativa de golpe de 2016, uma extensa facção das forças armadas turcas estava envolvida e apoiava o golpe, abrangia as quatro principais cidades turcas, atacaram os poderes instituídos, mas não tiveram apoio internacional, nenhum país de relevo foi a favor do golpe, nem nacional, a população turca não apoiou o golpe.

=>Estrutura dos pré-golpes de Estado = ter meios, e alvo certo, apoio externo e interno. Sem esses fatores é uma aventura, o que não quer dizer que não possa dar certo, como aconteceu em Portugal, mais que tudo por encontrar apoio popular.

Atentado falhado.

OPORTUNIDADE: O momento deve ser escolhido como um momento de fragilidade do poder, a maior possível. Esses pontos aqui mencionados são os mesmos pontos ressaltados também pelo Dr. Jorge Bacelar Gouveia, constitucionalista português, sobre o atentado em Ancara em Iº de Outubro de 2023. início do ano parlamentar turco.

Se fosse sobre o oito de Janeiro, não poderia ser mais compatível. A verdade é que as tentativas de golpe seguem uma lógica muito fácil de se identificar. São como uma receita de bolo.

Os antecedente do 8/1.

Desde o princípio o governo Bolsonaro se fixou em dois pontos: O do motivo. IIº O das intervenções.

O motivo foi fácil: criar suspeita da lisura das eleições, duvidando das urnas eletrônicas, as mesmas que o tinham eleito.

As intervenções, as que não obtiveram sucesso por duas razões principais, foram lentamente sendo preparadas, inclusive com a intenção obstinada de armar a população, sob os mais diversos argumentos-pretextos. A tentativa original era haver apoio incondicional dos comandos militares, o que não lograram obter, apesar da longa peroração e conversações pormenorizadas que se estabeleceram. No entanto, como não obtiveram os apoios militares misteres, e uma vez que golpe não se dá sem armas, e como a maioria dos militares estão escaldados desta coisa deles atuarem e depois os políticos os deixarem falando sozinhos, o golpe não progrediu. O outro pé de apoio era terem individualmente a sustentação de forças que pudessem rapidamente ser convocadas por terem grande capacidade de mobilização, compostas por efetivos em prontidão, onde deveriam ter chefes que iriam apoiar o Golpe, estas forças especiais são três: Os fuzileiros navais, a força de paraquedistas do exército, e a brigada de forças especiais, esta última fica em Goiania, a mais próxima de Brasília, portanto, para a qual nomearam o capacho do Bolsonaro, o tenente Coronel Cid, com antecipação clara, desde Fevereiro do ano anterior ao golpe, já estando em processo de preparação deste. E mais a conivência da polícia militar do Distrito Federal, do comando do exército e do comando do Planalto, o governador de Brasília, e mais o indefectível GSI de Heleno e prepostos.

CAOS.

Era absolutamente necessário haver um sentimento de insegurança que deflagrasse todo o processo, e tentaram várias vezes, como sabemos, antes de mais a manutenção de um sentimento de insatisfação, com os acampamentos junto aos quartéis, em estreita ligação com estes, que os sustentavam, estimulavam, alimentavam, e orientavam. Logo haver ações, como as que começam mesmo no sete de Setembro de 21, com o ‘presidente’ mantendo todo um clima negativo (suspeição, desrespeito — ao TSF — intimidação, descrédito do sistema etc…) depois quando toma consciência de que vai perder, promove o pré-golpe de 28/10/22, para logo a seguir criar a instabilidade de doze de Dezembro, inclusive com a invasão da Polícia Federal, tentativa repetida na véspera de Natal, para tudo culminar no verdadeiro pandemônio de oito de Janeiro, o golpe final, que geraria tal nível de Caos, que iria provocar uma intervenção militar, acionando o disposto no artigo 142 da Constituição Brasileira — o GLO, Garantia da Lei e da Ordem.

A expectável revolta popular.

Com a derrota eleitoral, todos os articuladores do golpe para instaurar a ditadura de Bolsonaro, foram instruídos a manterem suas posições, porque, como demonstravam os resultados da votação, a margem contra era pequena, e uma vez, se devidamente estimuladas, as forças populares a favor ‘marchariam’ para reverter a derrota, no raciocínio deste grupo que juntou os medíocres com os psicopatas e mais os desinformados, massa de manobra todos, e ‘inocentes’ úteis, estes últimos, mas todos ambiciosos de chegarem ao poder por vias não democráticas. Chegaram a sentir o gostinho do poder, uma vez que isso fica evidente pelo que dizem dentro da sede dos três poderes que invadiram, nas inúmeras mensagens que trocaram, e das suas ações miseráveis ao longo de todo o processo. Por isso merecem todos pesadas condenações.

A orgânica falhada.

Com esta estruturação esperavam que o clima de instabilidade que se criava, e tiveram êxito em tudo, quase tudo, levaria, face da impotência das diversas forças que não agiram: GSI, PM do DF, batalhão da presidência, etcétera, à propalada ‘festa da Celma’, forçando o governo a convocar os militares, como prevê a GLO, só não contavam com a argúcia de Flávio Dino, o Ministro da Justiça, que busca na Intervenção Civil a solução para o conflito, retirando os militares do esquema. Como estes só poderiam intervir se solicitados, ou sob as ordens de seus superiores, como ambas as condições não se verificaram, o GOLPE FALHOU.

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