“— Não é justo reduzir toda uma relação a uma data no calendário. Há coisas mais importantes! — O que, por exemplo? — O trabalho…”!

Enquanto produção biográfica, “Chespirito: Sem Querer, Querendo” incorre num defeito típico do subgênero, que é o sobejo de condescendência em relação ao biografado – sobretudo porque o roteiro é baseado no livro de memórias do personagem real, publicado originalmente em 1995. É interessante como se desvela as suas fontes de inspiração, aproveitando jargões do cotidiano e lembranças do que ele próprio vivera quando criança, pois teve de se afastar de sua mãe por um ano. A minissérie é conduzida segundo os clichês telenovelescos, mas consegue entreter ao retratar com simpatia alguém que era bastante hábil na manipulação enredística da pieguice.