Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [4/4] e a safra atual de filmes brasileiros: “tu sabes me dizer onde fica este endereço?”

Aproveitamos esta deixa para finalizar a nossa série de artigos sobre a quadrilogia de filmes baseada nas novelas reunidas no livro “Um Ano Inesquecível”, conforme iniciado aqui: baseado em “Amor de Carnaval”, da carioca Thalita Rebouças, “Um Ano Inesquecível: Verão” (2023, de Cris D’Amato), tanto quanto os demais títulos da cinessérie, efetiva mudanças consideráveis na adaptação. Neste caso específico, elas são mui alvissareiras, no sentido de que o texto original é o menos interessante da coletânea. O filme, por sua vez, é divertido na maneira como nos faz torcer por Inha (Lívia Inhudes), a filha de um político conservador de cidade de interior…

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [3/4]: “quer moleza? Estude [Ciências] Humanas”!

O truísmo que apregoa que todo mundo tem direito à liberdade de expressão, numa democracia, desemboca, atualmente, na proliferação de discursos de ódio, de inversão de valores considerados canônicos e de ode inassumida à extinção da humanidade. De que adianta continuar escrevendo, num contexto como esse? Chega-se o momento de falar sobre a adaptação cinematográfica da novela “A Matemática das Flores”, da blogueira e escritora Bruna Vieira, que deu origem ao longa-metragem “Um Ano Inesquecível” (2023, de Bruno Garotti & Jamile Marinho).

Sobre a importância de averiguar as benesses da literatura ‘pop’ [2/4]: “minha pele é preta para combinar com a cor de meus cartões de crédito”!

Para além de suas intencionais limitações distributivas – é um “filme de nicho”, voltado ao público adolescente –, “Um Ano Inesquecível: Outono” (2023, de Lázaro Ramos) escancara preconceitos indisfarçados do público pagante, que reclama da “infidelidade” do roteiro quanto ao texto original e que, a despeito das personalidades envolvidas, contribui para que o filme não seja tão visto quanto merece.

“Se tu gostaste deste filme, conte para um amigo. Se não tiveres amigos, conte para um estranho”!

Desde antes de sua estréia no Festival Internacional de Cinema de Cannes, o musical “Annette” (2021, de Leos Carax) tornou-se um dos assuntos mais comentados entre os cinéfilos mundiais. As expectativas concernentes à excelência do filme eram altíssimas, o que foi confirmado pelas resenhas mui elogiosas e pelo prêmio de Melhor Direção recebido no supracitado festival. No dia 20 de agosto do mesmo ano, este longa-metragem foi disponibilizado no serviço de ‘streaming’ Amazon Prime Video. E, ainda que suas imagens grandiosas combinem melhor com uma sala de cinema, o filme causou embasbacamento imediato entre quem pôde conferi-lo. É uma obra autoral que justifica mais de uma revisão!

O mito das sereias nas obras de Homero e Clarice Lispector

Normalmente se atribui à ideia de sereia um ser fantástico, conhecido por ser metade mulher e metade peixe, que canta e vive nos mares, encantadora para alguns e traiçoeira para outros. Nosso imaginário é constantemente aguçado por filmes e histórias desses seres. Em artigo publicado na Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Adelia Bezerra de […]

O que resta da inspiração quando “o tempo voa de viagem econômica”?

As acusações de que o ator, diretor e roteirista Woody Allen teria abusado sexualmente de seus filhos engendrou o que atualmente é conhecido como “cancelamento” midiático. Ou seja: pelos pecados e/ou crimes de que é acusado na esfera pessoal, as obras deste artista devem também ser defenestradas. De fato, uma e outras estão relacionadas?