A ameaça mais que visível, em chave recorrente: quem acusa? Quem se defende?

Mesmo que “O Homem Invisível” não seja a obra revolucionária de terror hodierno que alguns apregoam, a total ruptura em relação à trama original é digna de nota mui elogiosa. Em verdade, exceto pelo título wellsiano, não há mais nada em comum com o enredo clássico: o que interessa ao diretor é denunciar a invisibilização das mulheres que denunciam agressões

Começa a temporada de premiações hollywoodianas (e algo para além disso)!

No dia 05 de janeiro, aconteceu a cerimônia dos Globos de Ouro 2020 – e, como sói acontecer neste tipo de evento, os prêmios em si – que pareciam os mais importantes – eventualmente são eclipsados por discursos, protestos, manifestações públicas ou designações políticas que ultrapassam o tecnicismo da concessão de láureas.

“Pelo cinema. Pela cultura. Por uma arte sem censura!”: 47º Festival de Cinema de Gramado

O grande vencedor desta quadragésima sétima edição do Festival, que ocorreu entre os dias 16 e 24 de agosto de 2019, foi o longa-metragem cearense “Pacarrete” (2019, de Allan Deberton), que recebeu oito Kikitos: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz (para Marcélia Cartaxo), Melhor Atriz Coadjuvante (para Soia Lira), Melhor Ator Coadjuvante (para João Miguel), Melhor Roteiro, Melhor Desenho de Som e o prêmio de Melhor Filmes segundo o Júri Popular.

As promessas discursivas do Oscar – Parte II: análise depois da cerimônia

Houve bastante insatisfação em relação ao premiado na categoria principal, afinal não de todo imerecido. Não era o melhor dentre os indicados nem muito menos o mais relevante, mas obedece rigorosamente a uma certa cartilha de adequação genérica. A cerimônia é famosa justamente por não excluir as tendências formulaicas: rendeu-se à previsibilidade um tanto anódina deste premiado, mas também abriu portas (ou “pontes, ao invés de muros”) em relação a categorias antes bastante excluídas ou desprivilegiadas.