“Eu pensei que ela fosse virgem!”: quando lembramos das pornochanchadas cariocas, o sexo é mesmo o maior problema?


Dentre os filmes brasileiros que superaram a difícil cifra de meio milhão de espectadores em 1978, o longa-metragem em episódios “Pintando o Sexo” (1977, de Egydio Eccio & Jairo Carlos) aparece entre eles. Trata-se de um filme moralmente ignóbil e associado aos piores aspectos do que hoje entendemos como “machismo estrutural”. O próprio título do filme, com uma menção oportunista ao erotismo, surge como falso problema, no sentido de que a sexualidade, se devidamente exercida e/ou liberada, poderia estimular um proveitoso debate político, no que tange à prerrogativa de interação benfazeja entre os indivíduos.