“Eu não estou conseguindo fazer filmes. Por isso, volto a mim mesmo”: não é um documentário, é um drama. Não se excluem, aliás!


Obcecado tematicamente por uma espécie de redenção romântica/sexual que advém de uma via-crúcis sadomasoquista, Kim Ki-Duk iniciou tardiamente as suas atividades cinematográficas, sem ter estudado especificamente para isso, aos 36 anos de idade, com o longa-metragem “Crocodilo” (1996). Nos anos seguintes, converteu-se num cineasta deveras prolífico, às vezes realizando mais de um filme por ano, entre eles, os mui elogiáveis “A Ilha” (2000), “Endereço Desconhecido” (2001) e “Casa Vazia” (2004). Tornou-se igualmente amado e odiado pelos críticos. Até acontecer o acidente que desencadeou a sua renascença pessoal e artística, via “Arirang”. É sobre este filme que falaremos a partir de agora…