O uniforme cafona da equipe olímpica brasileira e o manto tupinambá

O Brasil enviou, neste mês de julho, seus melhores atletas para os Jogos Olímpicos de Paris. Muita gente ficou indignada com a cafonice das roupas fornecidas pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) para os seus 277 atletas participarem da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Mas será que nós brasileiros estamos nos conformando diante de tanta cafonice? Será que houve um embotamento geral da nossa sensibilidade estética?

De como a Literatura ajuda-nos a lutar e resistir, depois que a nossa língua é decepada… [diretamente ao ponto: abaixo o racismo!]

A difusão de um romance contemporâneo tão primoroso quanto “Torto Arado”, escrito pelo baiano Itamar Vieira Júnior, merece exaltação: lançado em 2019, inicialmente em Portugal, este livro recebeu diversas láureas importantes, entre elas o tradicional Prêmio Jabuti, em 2020. E é uma obra que faz jus à sua fama. Narrado de maneira épica, conta as desventuras enfrentadas pelas irmãs Bibiana e Belonísia – que são filhas de escravos libertos – ao longo de algumas décadas, numa fazenda no sertão da Bahia.