“Qual é o formato de teu pénis?” ou de como os (pós)adolescentes norte-americanos tornam-se empreendedores do amor!


Reconfigurando elementos e recursos narrativos que foram adotados em “Embriagado de Amor” (2002) e “Vício Inerente” (2014), obras que alguns cinéfilos consideram atípicas em sua coerente filmografia, “Licorice Pizza” passa-se no Vale de São Fernando, região de Los Angeles em que o diretor cresceu e que ficou famosa pela produção de filmes pornográficos. Estamos em 1973, e os longas-metragens de sexo explícito começam a invadir as salas tradicionais de cinema. É nesse cenário que conhecemos os dois protagonistas.
“Se a Morte não te interessa, é melhor parar por aqui: essa não é uma estória para ti!”, ou o anti-romance enquanto gênero afetivo.


François Ozon é um ótimo cineasta, mas a velocidade com que conclui seus projetos desencadeia a impressão de irregularidade em seu numeroso ‘corpus’. O que não parece ser acidental, conforme intuímos a partir de uma análise do supracitado “Verão de 85”…
Mais ‘auto’ que ‘ficção’: “teus olhos é que mudaram; o filme continua o mesmo!”


Há algo de extremamente redundante no modo como o Pedro Almodóvar conduz o seu enredo enviesadamente autobiográfico em “Dor e Glória” (2019): repete-se bastante em relação aos rasgos mnemônicos que já surgiram em filmes anteriores e porta-se de maneira excessivamente autoindulgente quando atreve-se a ser confessional. É um filme cansado!