“Eu pensei que ela fosse virgem!”: quando lembramos das pornochanchadas cariocas, o sexo é mesmo o maior problema?


Dentre os filmes brasileiros que superaram a difícil cifra de meio milhão de espectadores em 1978, o longa-metragem em episódios “Pintando o Sexo” (1977, de Egydio Eccio & Jairo Carlos) aparece entre eles. Trata-se de um filme moralmente ignóbil e associado aos piores aspectos do que hoje entendemos como “machismo estrutural”. O próprio título do filme, com uma menção oportunista ao erotismo, surge como falso problema, no sentido de que a sexualidade, se devidamente exercida e/ou liberada, poderia estimular um proveitoso debate político, no que tange à prerrogativa de interação benfazeja entre os indivíduos.
“Sabe por que a cocaína é proibida no Brasil?” O filme como um contra-exemplo


Abordar as variáveis – tramáticas ou documentais – referentes às drogas é, uma questão muito delicada, em razão da tendência quase inevitável à criminalização. Sendo assim, o filme “Cracolândia” (2020, de Edu Felistoque) acrescenta alguns aspectos mui problemáticos a esta reflexão. Inclusive, porque uma breve análise da filmografia do diretor faz com que temamos aquilo que confirmar-se-á no primeiro instante: é um filme que escolhe a abordagem policialesca, a defesa das táticas de choque como necessidade emergencial de intervenção!
A censura dos “loucos”: a moralização como mecanismo de exclusão social


A 26 de abril de 1937, aviões da força aérea alemã bombardearam a cidade Basca de Guernica. Esta ação constituiu um dos primeiros experimentalismos da demonstração do poder bélico e da política militarista dos totalitarismos e autoritarismos do século XX. Esta matança de inocentes, consubstanciou-se em argumentos que justificavam à luz dos populismos, um choque […]
