A realidade paralela IV – διαλεκτικ.

Ao Caminho entre as ideias chamamos διαλεκτικ, DIALÉTICA. A estabelecida ideia de argumentação e contra-argumentação, que só terá interesse se com ela alcançarmos algum tipo de conclusão válida e universal, posto que se específica, poderá tratar-se de uma realidade eventual, que atenda só uma narrativa preconcebida, sem reflexo na realidade, e aquela que se diz […]

Eu serei bem vindo a Elsinore…

Serei eu bem vindo a Elsinore? Ninguém é.Todo mundo é.Uma mentiraUma verdadeUma féTente, tudo pode ser feito. Não existe Elsimore.Há tudo em Elsimore.Tudo é Elsinore.Nada é Elsinore.HelsingorSinal do inferno ouEle vai cantar ou…Uma miragem?Um achado?Uma perda?Sem dúvidas aqui! Elsinore não está em lugar nenhum. Elsinore é tudoElsinore existeElsinore é um portoElsinore é uma cidadeElsinore é […]

De viés.

Que é como sempre me olhasCom medo de encarar a feraE encontras dificuldades zarolhasQue são ciladas, e esperaDe um tempo que já não tenhoEm abismo que já não éComo vou, não venhoPerdição, desengano, falta de féTolice e quimeraDesencontro que é O que não tem soluçãoSolucionado estáDiferentemente do que pensasUm cão nunca se vaiNem tem autocomiseraçãoEstará […]

Centenário de Eduardo Lourenço 1923 – 2023.

Foi há cem anosEm São Pedro do Rio SecoAlmeida, GuardaNascia nesse 23 de MaioO menino EduardoAldeão da Beira interior, portantoOnde há 95% de granito por todo ladoNa alma também…Pergunto como foi nascer lá menino tão doce?Homem tão sábio?Alma tão aberta ao entendimento?Entendeu tudo que há para entenderE nos explicou como somosSobretudo os portugueses.Num século de […]

Um amor não correspondido

Conversar sobre Direito e Literatura e espreitar um Mundo tão vasto como aquele que se descortina numa aproximação tímida ao tema Fica-se com água na boca e uma vontade de aprender mais, e surpreende-nos o facto de um professor de literatura se interessar pela análise de textos jurídicos sendo certo que, não podemos esquecer que Alexandre Herculano fez a revisão […]

Politicamente incorreto: Mutilação da obra de Agatha Christie – suprema estupidez.

A sua própria editora, a Harper Collins, está a alterar as obras da grande mestre do crime, alegadamente para responder às sensibilidades modernas, por exemplo quando a autora diz nativos, passa a ser ‘locais’, os comentários do aspecto físico das personagens, uma graça da criatividade de Agatha, são suprimidos, tudo na presunção do politicamente correto, […]

NUM INFINITO MUITO PARTICULAR.

A Antena 1 da Rádio Difusão Portuguesa, aos domingos, entrevista alguém do cenário sócio-cultural português, num programa que se intitula “Infinito Particular”, que busca mostrar que a singularidade de cada um tem alcance enorme, infinito mesmo, posto que somos todos muito semelhantes em sensibilidade, apesar de pessoal e individualmente sermos particulares. Portanto únicos em nossas […]

Leonor Coelho homenageia Saramago e a sua dramaturgia

Na passada terça-feira, dia 6 de setembro, o Centro Cultural e Galeria Anjos Teixeira, sediado no Funchal, na ilha da Madeira, acolheu a professora universitária Leonor Coelho, no âmbito da mais recente sessão do ciclo de conversas “De Saramago, o meu livro”. Importa recordar que esta sessão pública sobre a dramaturgia de José Saramago integra […]

Galeria Anjos Teixeira homenageia Saramago com exibição do documentário “José e Pilar”

No âmbito das comemorações do centenário do nascimento de José Saramago, o Centro Cultural e Galeria Anjos Teixeira, no Funchal, exibiu na passada quinta-feira, dia 25 de agosto, pelas 19h00, o documentário “José e Pilar” (2010). Importa recordar que esta sessão integra o conjunto de iniciativas intituladas “Palavra Resistente. Com Saramago”. De acordo com nota […]

Luísa Paixão convidada a analisar a sua obra de eleição de José Saramago

Na passada terça-feira, dia 2 de agosto, o Centro Cultural e Galeria Anjos Teixeira, sediado no Funchal, na ilha da Madeira, contou com a presença da professora Luísa Paixão, no âmbito do ciclo de conversas sobre as obras literárias de José Saramago. Importa recordar que esta iniciativa, intitulada “Palavra Resistente. Com Saramago”, traduz-se numa sequência […]

“Tão estúpido e ignorante – e, ainda assim, amado por alguém”: ou de como sentimo-nos diante da genialidade joyceana!

É mui aplaudível que algum cineasta ouse adaptar o mais famoso livro de James Joyce, o que foi feito esplendidamente pelo norte-americano Joseph Strick [1923-2010], num filme que recebeu a capciosa tradução de “A Alucinação de Ulisses” (1967). Por causa da audácia demonstrada pelo realizador, junto ao co-roteirista Fred Haines [1936-2008], este filme mereceu a indicação ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Não foi laureado, infelizmente, e causa estranhamento que este petardo fílmico não seja melhor conhecido. Falemos um pouco sobre ele, daqui por diante…

América latina vive…

Vozes da latino América Voz de longo tremular Tua alma fez-se quimérica Teus cantos souberam marcar Presenças que não se escusaram E prementes se fizeram ouvir Hinos que juntas entoaram Para que as soubéssemos discernir Canta Tamayo uma Bolívia estridente Márquez uma Colômbia impossível Borges uma Argentina entredentes  Neruda um Chile irreprimível Galeano um Uruguai […]

“Pode-se conhecer as pessoas de diversas maneiras, além do sexo” (qual o seu filme favorito de 2021?)

No mesmo ano em que realizou “Drive My Car” (2021), Ryûsuke Hamaguchi recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Berlim por seu longa-metragem anterior, “Roda do Destino” (2021), subdivido em três episódios independentes, em que as coincidências relacionais também determinam o tom emocional. Para o diretor, as conseqüências dos encontros sexuais são bastante relevantes, de modo que, apesar de seus enredos se destacarem pela ternura, há também manifestações traumáticas em seu escopo.

Sobre um quê de brasilidade: “eu não entendo como um cristão percorre léguas e léguas com o bico fechado”…

Quando pensamos nas artes brasileiras, o orgulho nacional reinstala-se: a música produzida neste país é mundialmente conhecida e sua literatura e cinema também possui inúmeros representantes egrégios. Falaremos sobre as duas últimas categorias, a partir da análise de uma eficiente adaptação cinematográfica para um conhecido romance local, “Inocência”, publicado em 1872 pelo Visconde de Taunay [1843-1899].