Anseio de final de ano: em defesa da noticiabilidade intemporal!

“Orinoko, Novo Mundo” tem como protagonista o rio que empresta seu nome ao título do filme. Seguindo o percurso do Orinoco, acompanhamos a reconstituição de mais de uma fase histórica da Venezuela, sem que haja uma linha narrativa definida: o diretor e roteirista prefere o alinhavamento da resistência. Como tal, somos apresentados aos rituais Yanomâmis logo na abertura – e eles terão um papel fundamental nos eventos apresentados, sem narração condutiva, mas com relevante abertura à sensibilidade do espectador.

Ressignificando más notícias: “essa dor que sentes é porque estás a virar pajé”!

Numa má conjuntura noticiosa, que afeta de maneira determinante as comunidades indígenas do País, a disponibilização do filme “Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos” (2018, de João Salaviza & Renée Nader Messora) surge como recomendação mais que benfazeja. Premiado na mostra ‘Un Certain Regard’ do Festival Internacional de Cinema de Cannes, este longa-metragem rodado em Tocantins destaca-se pela sensibilidade sobressalente de seu roteiro.