“Qual é o lado das árvores que possui mais galhos?” – ou: onde termina a Ecologia e começa o Capitalismo?


Baseado no romance “The Half-Life”, publicado em 2004 pelo co-roteirista habitual da diretora, Jon Raymond, “First Cow” é muito literal em termos sinópticos: fala sobre a primeira vaca a ser trazida para uma região rural em Oregon, na primeira metade do século XIX. A trama do filme pode ser resumida em pouquíssimas linhas, mesmo sendo uma das mais teleológicas de diretora. Afinal, o que realmente importa são os detalhes climáticos, aquilo que deslinda-se nas entrelinhas, à medida que os personagens interagem e conhecem-se melhor…
Quem destrói o amor de quem? “Violência, né? Desde quando resolveu alguma coisa?”


É exatamente isso o que Daniel Nolasco faz em relação à naturalização da (homo)sexualidade em seu mais recente longa-metragem: repleto de cenas de sodomia, felação, cuspidas no rosto e insinuações masturbatórias, o filme tem sido surpreendentemente atacado por moralistas (inclusive, vinculados à esquerda partidária), que tacham de “inatural” a compulsão erótica do protagonista, quando há inaturalidades muito mais gritantes (e vilanazes) no enredo, sob o jugo do capitalismo. Avaliemos, portanto, a sinopse e os personagens de “Vento Seco”…
Já que “o mundo não é o mais o mesmo”, convém incorrer nos mesmos anseios, impedimentos e tendências?


Após uma negociação bastante tumultuosa, visto que a sua estréia nos cinemas não pôde ocorrer nas condições supracitadas, a Netflix adquiriu os direitos de distribuição do filme sul-coreano “Tempo de Caça” (2020, de Yoon Sung-Hyun). Por mais de um motivo, é uma recomendação valiosa nesta época de quarentena.
Como descrever a Música – e, por extensão, o gozo – através da Imagem


Mesmo sendo um filme de época, cujo enredo situa-se no século XVIII, as questões abordadas pelo roteiro de “Retrato de uma Jovem em Chamas” ainda possuem muita relevância hodierna – ou pior: continuam sendo demandas femininas ainda insuficientemente atendidas por emancipação social.
Em política, tanto quanto na arte, convém olhar para o outro a fim de falar de si mesmo, e/ou vice-versa


Tomando-se como ponto de partida reflexivo estes dados contemporâneos, ainda em processamento factual, podemos aplicar a relação de alteridade e subjetividade contida no título deste artigo ao derradeiro exemplar da trilogia sobre a cidade de Alexandria levada a cabo pelo cineasta egípcio Youssef Chahine (1926-2008)… Não será uma mera associação casual, portanto.