“Eu não gosto de negociar. Eu amo negociar. É uma arte!”, ou de como nasce e cresce um monstro capitalista…


É oportuno que, ao mesmo tempo em que lidamos com a péssima notícia da (re)eleição de Donald Trump, possamos assistir a um filme tão qualitativo quanto “O Aprendiz” (2024, de Ali Abbasi), que versa justamente sobre a juventude do político, quando ele ainda estava se firmando como um gênio imobiliário. Sobremaneira ambicioso, ele era desacreditado por seu pai, um empreendedor que enriqueceu a partir de subsídios públicos e benefícios fiscais. E foi justamente nisso que apostou o seu filho, a fim de tornar-se quem é hoje. Para tal, o apoio do advogado Roy Cohn [1927-1986] foi fundamental.
A fenomenologia dos populismos totalitários do século XXI e o discurso da crise das democracias liberais


Para compreendermos a génese da fenomenologia dos novos populismos totalitários na contemporaneidade – nas suas múltiplas definições e partilhas de conceitos ideológicos comuns – nomeadamente em Portugal, precisamos recuar aos finais do primeiro quartel do século XX e analisar os «discursos da crise» (Torgal, 2010) da república e da falência dos modelos das democracias liberais […]
