“Não falha nunca: quanto maior o vigarista, mais ele pede a proteção da lei”. Parece um laudo contemporâneo, mas é a fala de um filme cinqüentista!


Dirigido por um cineasta acerca do qual não se sabe quase nada, o longa-metragem “Sanha Diabólica” (1959, de Edward Dein) surpreende pelo modo como amalgama elementos do faroeste e do terror – de forma brilhante, aliás. Na primeira seqüência, um médico e um pastor comentam as suas respectivas filiações à ciência e à religião, enquanto tratam de uma estranha moléstia, que, de repente, acomete as jovenzinhas da cidade em que eles vivem. O médico, Dr. Carter (John Hoyt), afirma que, “se fosse supersticioso, diria estar sob o jugo de uma maldição”. Fica desolado quando a garota morre, ao proferir um grito de horror. O pastor Dan (Eric Fleming), entretanto, nota duas feridas ensangüentadas no pescoço da moça…
