“Basta colocar a panela em cima do fogo e comer o que sair, uai!” – ou de como é urgente contextualizar o que testemunhamos…


Num excelente livro, escrito em colaboração com a sua esposa Kristin Thompson, o teórico fílmico norte-americano David Bordwell analisa várias obras hollywoodianas através de um escopo aleatório, a fim de demonstrar algumas recorrências narrativas moldadas pelas convenções de gênero e pelas determinações do ‘studio system’ e do ‘star system’. E é assim que chegamos ao musical “As Garçonetes de Harvey” (1946, de George Sidney – rebatizado como “A Batalha do Pó de Arroz”, em Portugal), que – mesmo visto por acaso, numa sessão dominical de algum canal de TV – traz consigo lições valiosas sobre a lida cotidiana…
Pois rever é, também, reviver: a importância de (re)encontrar quem está mais à frente, no caminho!


Não obstante a entusiástica aclamação, por parte da crítica internacional, ao filme “Nomadland” (2020, de Chloé Zhao) – que culminou no recebimento do Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza e nos prêmios Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz, entre tantas outras láureas –, foi reclamado que este longa-metragem registraria […]
Já que “o mundo não é o mais o mesmo”, convém incorrer nos mesmos anseios, impedimentos e tendências?


Após uma negociação bastante tumultuosa, visto que a sua estréia nos cinemas não pôde ocorrer nas condições supracitadas, a Netflix adquiriu os direitos de distribuição do filme sul-coreano “Tempo de Caça” (2020, de Yoon Sung-Hyun). Por mais de um motivo, é uma recomendação valiosa nesta época de quarentena.
“A sexualidade é um espectro” ou algumas coisas (ruins) não têm fim…: a propósito de uma telessérie


As séries de TV alteraram significativamente o modo como nós consumimos produtos audiovisuais, reclamaria um analista midiático comportamentalmente apocalíptico. Mas há muito a ser dito, para além dos julgamentos de valor imediatamente derivados desta percepção assustada…