“Meu pai era um homem justo. Por isso, ele fabricava balanças: uma sociedade que produz mais balanças é uma sociedade mais justa”! Procede? Até quando?


Acostumado aos temas sindicais, nesta sua mais recente produção, Fernando León de Aranoa inverte o olhar: agora, analisa a situação pelo ponto de vista de um dono de empresa, com todos os vícios e crimes insistentemente denunciados pelas orientações políticas do cineasta.
“Por que utilizar um código antigo para espelhar algo novo?” (ou “o ano termina, e começa outra vez”…)


Repetindo o mesmo procedimento do já clássico filme de 1999, Neo encontra Morpheus, ingere a pílula vermelha e desperta em seu casulo humano, no centro da enorme colméia de alimentação maquínica. Diferentemente da situação anterior, seu corpo não parece irremediavelmente atrofiado e ele consegue movimentar-se com certa desenvoltura, inclusive percebendo que sua amada Trinity (Carrie Anne-Moss) jaz poucos casulos abaixo do seu. É resgatado por algumas máquinas do bem – sim, agora elas existem! – e levado a uma colônia de rebeldes, onde os eventos do segundo e terceiro filmes são repetidos. Por mais que se tente simular algum perigo irreversível, é tudo previsível na condução da narrativa: alguém exclama “precisamos de um milagre” – e é óbvio que ele ocorrerá!
“De que serve um criado sem patrão?” (lições fílmicas de oportunismo capitalista)


Adaptado a partir de um romance do escritor indiano Aravid Andiga, “O Tigre Branco” possui muitas similaridades rítmicas com os filmes do cineasta britânico Danny Boyle, tanto que, em determinado momento, faz uma emulação distintiva de caráter chistoso, quando o protagonista declara que não participou de nenhum programa televisivo de perguntas e respostas para poder modificar o seu destino…
“Com ou sem crise, os pneus furam”: o Capitalismo é o maior indutor de depressão que existe!


Para quem já está acostumado ao ótimo cinema comercial argentino, é sabido que um de seus mais consagrados méritos é inserir fatos socioeconômicos e políticos como essenciais para o desenvolvimento tramático. Seja numa simples comédia romântica ou num intricado enredo policial, os eventos nacionais são apresentados como corriqueiros, organicamente compartilhados entre os cidadãos.
Crônica de um desastre anunciado: o fatalismo capitalista


Por isso é muito provável que percam esta oportunidade única de se adequarem as muitas nações às mudanças da última Revolução Industrial,
Desenvolvimento Sustentável – dimensões como quebra de paradigma


Por que o Desenvolvimento Sustentável é urgente para nossos dias? Qual a sua iminência? Qual o objetivo desta concepção? Qual a importância de compreendê-lo? Como as Dimensões Cultural, Social, Meio Ambiente e Econômica se relacionam e para quê?
Koukoatus


Algures numa zona esquecida do mundo, tão esquecida que ninguém sequer concebe a sua existência, há um povo chamado Koukoatus. Os Koukoatus vivem em paz entre eles e não têm divergências com vizinhos; dado que não têm vizinhos. Habitam uma floresta tropical, junto de um grande lago, em casas montadas em estacas e, entre aquilo […]
O mundo de pernas para o ar


Mas isto serve apenas para demonstrar em como a nossa postura social está errada e a traduzir-se no empoderamento de gente incompetente, ao permitir-lhes prosseguir com a ilusão de autoridade que tem sobre determinado assunto, e a manter ocupados outros indivíduos com assuntos nos quais nunca serão competentes.
Uma Sociedade de Performance


Segundo diferentes teóricos a sociedade de princípios do século XXI deixou de ser disciplinar, como ocorria nos séculos XIX e XX e passou a ser de performance. O que significa dizer que exige-se das pessoas estar todo o tempo hiperconectadas, ser multitarefas, e estar em um estado permanente de euforia e felicidade. Tudo que esteja […]
Acerca de um urgente filme sul-coreano:


Devido à solicitação do diretor sobre a necessidade de restringir determinadas informações narrativas, é mister incorrer nalgumas generalizações analíticas acerca deste filme enquanto píncaro de seu estilo. Mas, ao fazer isso, perceber-se-á justamente como os traços autorais deste brilhante cineasta manifestam-se: “Parasita” (2019) é um filme genial!