A cada novo festival, a repetição do mantra: “curta-metragem também é filme – e muito, muito bom”!

Em suas listas de final de ano, alguns críticos chegam a estabelecer categorias distintas para a divulgação dos filmes favoritos, de modo que os curtas-metragens são elencados separadamente, o que contribui para a manutenção do estigma que estas produções ainda enfrentam por parte do grande público: quantos filmes de curta-metragem (ou seja, até trinta minutos de duração), tu já viste numa sessão comercial de cinema?

“Eu estava muito ocupada. Por isso, desenhei em cinco minutos”, ou: o que esperar de um novo ano?

De que adianta ficarmos quantificando os filmes que vemos, os livros que lemos, ao invés de efetivamente apreciá-los? Tudo bem que, na maior parte das situações, isso advém de exigências externas, vinculadas ao agendamento midiático. Mas… Será mesmo que não dispomos de outras opções procedimentais, na execução daquilo que nos compete funcionalmente, em obrigações hebdomadárias, como a desta coluna, por exemplo? No filme “Look Back” (2024, de Kiyotaka Oshiyama), há uma situação em que uma personagem reclama que está entediada de tanto conceber mangás: “passo o dia inteiro desenhando-os e, mesmo assim, estou sempre longe de terminá-los. Prefiro voltar apenas a lê-los!”. Mais uma vez, não é casual que as interrogações estejam tão abundantes neste texto: elas converter-se-ão em ações.

Magia encadernada

Você imagina o que acontece quando todas as luzes se apagam e a noite cai dentro de uma livraria? O diretor de arte Sean Ohlenkamp tentou descobrir: passou quatro noites em claro  na livraria Type, localizada em Toronto. Quer saber o que descobriu?
Grandes e inusitadas movimentações!

“Se eu expusesse os meus seios ao calor, será que eles cresceriam?”: ‘anime’ está longe de ser “birra de criança”!

Quando esta série estreou, estavam em evidência os ‘tokusatsu’, e, sinopticamente, “Neon Genesis Evangelion” parece ser conduzida da mesma forma. Porém, à medida que os episódios avançam, notamos de maneira embasbacada uma mudança radical de condução narrativa: os embates são meros pretextos para que conheçamos as crises emocionais dos personagens, evidenciando o poderoso substrato psicanalítico do roteiro, escrito pelo próprio diretor, com base em experiências de sua vida íntima marcada pela depressão.