Encontro pela Paz e Solidariedade debate desafios enfrentados pelos povos da América Latina


Ocorre hoje, pelas 19h00, a iniciativa ‘Encontro pela Paz e Solidariedade com os Povos da América Latina’, organizada pelo Núcleo da Madeira do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), no auditório da Junta de Freguesia de Machico. O encontro conta com a presença e preleção da presidente da Direção Nacional do CPPC, Ilda […]
“Teu espanhol é suficiente bom para a poesia”: ruídos cinematográficos através dos tempos (e espaços) cosmopolitas da Arte


Sobre o mais recente filme de Apichatpong Weerasethakul, convém acrescentar que, de fato, a sua proposta extremamente sensorial requer um espaço de exibição adequado à total imersão do espectador. Se há uma produção cinematográfica que faz jus, hoje em dia, ao célebre ditado do filósofo Heráclito de Éfeso [540 a.C. – 470 a.C.], que prediz que “nenhum homem pode banhar-se duas vezes no mesmo rio, pois, na segunda vez, o rio já não é o mesmo, nem tampouco o homem”, esta é, sem dúvida, “Memória”. Em tese, isso vale para qualquer situação artística, mas o despejo de genialidade que o diretor aplica neste filme valida tal menção hiperbólica: afinal, ele consegue dirigir até mesmo as nuvens!
“O povo está para a guerrilha como a água está para o peixe. Quem quiser acabar com o peixe, deve primeiro acabar com a água”…


Já foi dito, nesta coluna, que o terror é um gênero cinematográfico eminentemente político. A audiência ao filme guatemalteco “La Llorona” (2019, de Jayro Bustamante) – indicado ao Globo de Ouro 2021 de Melhor Filme em Idioma Estrangeiro – confirma de maneira grandiosa esta afirmação. Sobretudo porque o roteiro assume esta relação num viés perturbador: o que assusta no filme são os fantasmas de genocídios contemporâneos, ainda insuficientemente enfrentados pela História…
Anseio de final de ano: em defesa da noticiabilidade intemporal!


“Orinoko, Novo Mundo” tem como protagonista o rio que empresta seu nome ao título do filme. Seguindo o percurso do Orinoco, acompanhamos a reconstituição de mais de uma fase histórica da Venezuela, sem que haja uma linha narrativa definida: o diretor e roteirista prefere o alinhavamento da resistência. Como tal, somos apresentados aos rituais Yanomâmis logo na abertura – e eles terão um papel fundamental nos eventos apresentados, sem narração condutiva, mas com relevante abertura à sensibilidade do espectador.
O bandido da luz vermelha, o avacalho e o esculhambo (parte 1)*


Eu sei que fracassei. […] Quando a gente não pode fazer nada, a gente avacalha. Avacalha e se esculhamba. (trecho do filme) Em 1968 o realizador Rogério Sganzerla (1946-1994) lançou o filme O bandido da luz vermelha, inserido pelos críticos no conjunto de filmes denominado Cinema Marginal, epíteto recusado pelos realizadores. A dialogar com o […]