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Mestre em Comunicação Social pela Universidade Federal de Sergipe/Brasil, é graduado em Radialismo pela mesma universidade Federal. É especialista e tem interesses de pesquisas e estudos em Cinema (sobretudo, o brasileiro), Política e Pornografia.

Artigos deste autor:

Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Quando eu paro de pensar no futuro, eu volto ao presente”: sobre as verdades que precisam ser vistas, ouvidas e sentidas!

Quem pôde participar da conferência de imprensa que anunciou a programação do festival É Tudo Verdade, assistiu em primeira mão a “Diários de Mianmar” (2022), documentário creditado ao Coletivo Cinematográfico de Mianmar (antiga Birmânia), e que foi recentemente premiado no Festival Internacional de Cinema de Berlim. A opção pela ausência de créditos individuais tem a ver com as perseguições sofridas por quem ousa documentar os abusos de poder cometidos pelo general Min Aung Hlaing, que tomou definitivamente o poder no país, através de um golpe de estado, em 01 de fevereiro de 2021.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Se não fosse a guerra, eu casaria com ela”: mais uma vez, voltaremos a estes assuntos…

Baseado no romance “Sotnikov”, do escritor belarusso Vassil Bykov [1924-2003], “A Ascensão” (1977) permite-nos acompanhar a jornada de dois soldados soviéticos, em meio a um rigoroso inverno e à perseguição inclemente dos nazistas. Na seqüência inicial, alguns aldeões fogem através de uma floresta congelada, quando os protagonistas são escolhidos para buscar comida para as pessoas esfomeadas.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

Acerca dos rituais festivos que antecedem as guerras (e que sobrevivem a elas): viva a pujança do cinema folclórico ucraniano!

Consagrado enquanto diretor de fotografia do clássico “Os Cavalos de Fogo/ Sombras dos Ancestrais Esquecidos” (1965, de Sergei Paradjanov), Yuri Ilienko desenvolveu uma carreira paralela enquanto realizador, tendo recebido um surpreendente prêmio no Festival de Cinema de Moscou com seu longa-metragem “The White Bird Marked With Black” (1971). Um de seus filmes mais pitorescos, entretanto, é “The Eve of Ivan Kopalo” (1968), baseado em um conto do escritor Nikolai Gogol [1809-1852], famoso por suas tramas oníricas, antecipando uma versão eslava do surrealismo.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Basta colocar a panela em cima do fogo e comer o que sair, uai!” – ou de como é urgente contextualizar o que testemunhamos…

Num excelente livro, escrito em colaboração com a sua esposa Kristin Thompson, o teórico fílmico norte-americano David Bordwell analisa várias obras hollywoodianas através de um escopo aleatório, a fim de demonstrar algumas recorrências narrativas moldadas pelas convenções de gênero e pelas determinações do ‘studio system’ e do ‘star system’. E é assim que chegamos ao musical “As Garçonetes de Harvey” (1946, de George Sidney – rebatizado como “A Batalha do Pó de Arroz”, em Portugal), que – mesmo visto por acaso, numa sessão dominical de algum canal de TV – traz consigo lições valiosas sobre a lida cotidiana…

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Qual é o formato de teu pénis?” ou de como os (pós)adolescentes norte-americanos tornam-se empreendedores do amor!

Reconfigurando elementos e recursos narrativos que foram adotados em “Embriagado de Amor” (2002) e “Vício Inerente” (2014), obras que alguns cinéfilos consideram atípicas em sua coerente filmografia, “Licorice Pizza” passa-se no Vale de São Fernando, região de Los Angeles em que o diretor cresceu e que ficou famosa pela produção de filmes pornográficos. Estamos em 1973, e os longas-metragens de sexo explícito começam a invadir as salas tradicionais de cinema. É nesse cenário que conhecemos os dois protagonistas.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Nada é justo neste mundo!”: alguns breves comentários sobre os indicados ao Oscar 2022 (com ênfase num filme iraniano esnobado – e outrora favorito)

Para muitos espectadores, a não indicação do filme iraniano “Um Herói” (2021, de Asghar Farhadi) foi surpreendente, já que ele foi lembrado em diversas listas de melhores do ano, além de ter recebido o Grande Prêmio no Festival de Cannes. Vale ressaltar que este cineasta já recebeu dois prêmios Oscar de Melhor Filme Internacional, pelo excelente “A Separação” (2011) e pelo mediano “O Apartamento” (2016).

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Meu pai era um homem justo. Por isso, ele fabricava balanças: uma sociedade que produz mais balanças é uma sociedade mais justa”! Procede? Até quando?

Acostumado aos temas sindicais, nesta sua mais recente produção, Fernando León de Aranoa inverte o olhar: agora, analisa a situação pelo ponto de vista de um dono de empresa, com todos os vícios e crimes insistentemente denunciados pelas orientações políticas do cineasta.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Está todo mundo passando fome e tu tens coragem de falar em ordem?!” [o Brasil antes, o Brasil hoje]

Pela similaridade lamentosa com a situação contemporânea do país, é oportuno debater a trindade composta pelos filmes “Vidas Secas” (1963, de Nelson Pereira dos Santos), “Os Fuzis” (1963, de Ruy Guerra) e “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1963, de Glauber Rocha), obras-primas inquestionáveis do cinema brasileiro. Deter-nos-emos em particular no segundo destes filmes, merecedor de inúmeros prêmios internacionais, entre eles o Urso de Prata no Festival de Berlim, em 1964.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Estrelas são [como] os furos na lona do circo” (declarem seu amor aos vivos, hoje – isso imortaliza!)

Quando o falecimento ocorre por vias trágicas – e no fulgor da idade – a comoção é ainda maior. E, neste sentido, convém aproveitarmos esta oportunidade para comentar o lançamento do documentário “Já que Ninguém me Tira Para Dançar” (2021, de Ana Maria Magalhães), sobre a trajetória da icônica atriz fluminense Leila Diniz [1945-1972], que morreu num acidente aéreo, numa viagem através da Índia, aos vinte e sete anos de idade, quando voltava de um festival de cinema na Austrália.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

Se tu sobreviveste à pandemia, siga fazendo-o: o Cinema te dá os parabéns!

Tal como vem acontecendo nos últimos dois anos, as exibições cinematográficas parcial ou completamente ‘on-line’ serão mantidas. Dentre elas, a Mostra do Filme Livre, cuja vigésima edição – após uma breve interrupção – ocorre entre os dias 10 e 16 de janeiro de 2022. Tema comum aos filmes selecionados: a pandemia, justamente!

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Por que utilizar um código antigo para espelhar algo novo?” (ou “o ano termina, e começa outra vez”…)

Repetindo o mesmo procedimento do já clássico filme de 1999, Neo encontra Morpheus, ingere a pílula vermelha e desperta em seu casulo humano, no centro da enorme colméia de alimentação maquínica. Diferentemente da situação anterior, seu corpo não parece irremediavelmente atrofiado e ele consegue movimentar-se com certa desenvoltura, inclusive percebendo que sua amada Trinity (Carrie Anne-Moss) jaz poucos casulos abaixo do seu. É resgatado por algumas máquinas do bem – sim, agora elas existem! – e levado a uma colônia de rebeldes, onde os eventos do segundo e terceiro filmes são repetidos. Por mais que se tente simular algum perigo irreversível, é tudo previsível na condução da narrativa: alguém exclama “precisamos de um milagre” – e é óbvio que ele ocorrerá!

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Pode-se conhecer as pessoas de diversas maneiras, além do sexo” (qual o seu filme favorito de 2021?)

No mesmo ano em que realizou “Drive My Car” (2021), Ryûsuke Hamaguchi recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cinema de Berlim por seu longa-metragem anterior, “Roda do Destino” (2021), subdivido em três episódios independentes, em que as coincidências relacionais também determinam o tom emocional. Para o diretor, as conseqüências dos encontros sexuais são bastante relevantes, de modo que, apesar de seus enredos se destacarem pela ternura, há também manifestações traumáticas em seu escopo.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Minha mãe herdou essa casa de sua mãe. E eu, dela”: a maternidade enquanto condição política – e também elemento classista!

Apesar de ter sido agraciado com um prêmio de Melhor Atriz para Penélope Cruz, a recepção crítica dedicada a este filme foi acanhada: mais uma vez estranhou-se o envelhecimento do cineasta, a sua imersão explicitamente política (em sentido histórico), as relações sexuais um tanto comportadas. Um novo cartaz mostrava um abraço entre as duas atrizes principais, em que linhas geométricas eram sobrepostas sobre elas (verticais, numa das mulheres; horizontais, na outra). O fundo permanecia vermelho, obviamente. Pedro Almodóvar é um autor!

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“É preciso uma guerra revolucionária contra a guerra imperialista para acabar de vez com a Guerra” (à guisa de manifesto)

No fulgor de seus oitenta anos de idade, o cineasta Neville D’Almeida esteve disposto a comparecer num cinema de rua, na pequena cidade nordestina de Aracaju – capital de Sergipe, menor Estado do Brasil –, onde apresentou o seu primeiro longa-metragem para um platéia entusiasmada. Tratava-se de “Jardim de Guerra” (1968), filme atualmente exibido em sua integralidade, mas que foi tolhido pela Censura, que exigiu que o diretor concordasse com a retirada de seqüências importantíssimas, quando o filme tentou ser lançado, em 1970. Dentre estas, o discurso mui apaixonado proferido pelo ator Antônio Pitanga, que vocifera contra o racismo e profere o brado que intitula este artigo…

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Quando meu pai morreu, eu não queria nada além da felicidade de mamãe”, ou a masculinidade enquanto promessa de violência!

Neste seu mais recente filme, adaptado de um romance de Thomas Savage publicado em 1967, a diretora opera uma guinada centrípeta, de modo que as ações dos personagens – ou, mais precisamente de um coadjuvante que revela-se o imperioso protagonista, ao assumir-se como narrador – são direcionadas à apropriação do ambiente doméstico, numa imponente fazenda de Montana, em 1925. Devido à sua extrema habilidade e à percuciência no desenvolvimento das relações entre os personagens, Jane Campion recebeu o prêmio de Melhor Direção no Festival Internacional de Cinema de Veneza, além de tornar “Ataque dos Cães” (2021) um dos filmes favoritos dos cinéfilos neste ano.

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Quando teus olhos se acostumarem à escuridão, a pantera aparece” (um filme terno, para além de qualquer listagem)

Sem quereremos aprisionar a beleza deste roteiro a um estratagema publicitário, convém elogiarmos a mais recente produção da cineasta Céline Sciamma, o delicado “Petite Maman” (2021): reconhecida entre suas especialidades constitutivas, deparamo-nos neste filme com mais uma trama sobre reconciliação geracional, através de um enredo com um toque de realismo mágico. Tal qual indicado pelo título, trata-se do encontro entre uma garotinha de oito anos (magnificamente interpretada Por Joséphine Sanz) e a sua mãe, na mesma idade que ela (interpretada, no caso, pela irmã gêmea da atriz infantil, Gabrielle Sanz). O entrosamento é imediato!

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Comportamento
Wesley Pereira de Castro

“Homens não costumam usar o banheiro em bares” (e/ou tergiversações sobrevivenciais do gênero)

Criada, protagonizada e eventualmente dirigida por Michaela Coel, a telessérie “I May Destroy You” (2020) é genial pelo modo como serve-se de estratagemas editoriais para falar sobre traumas de estupros e/ou vice-versa: a catarse convertida em narrativa(s) destaca-se pela pluralidade de leituras e pelas aberturas ao enfrentamento não dogmático (apesar das aparências em contrário). Trata-se de uma poderosa aula de autocrítica identitária, temperada com o mais urgente dos feminismos, o racial!

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

A importância de gritar “eu sou!” em imagens – e de ser, através de ações cotidianas!

Ocorrida entre os dias 05 e 14 de novembro de 2021, a terceira edição do Nicho Novembro teve como tema norteador a pergunta “para qual normal voltaremos?”. Além de várias atividades formativas, a seleção de filmes deste festival inseriu as questões raciais em conjunturas mais complexas, visto que o racismo não surge como componente apartado de outras posturas preconceituosas: os discursos de ódio e malevolência são imbricados, justificando a si mesmos através de exclusões atravessadas. É o que percebemos nas sinopses dos filmes…

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

É preciso sempre voltar aos clássicos! (conselho da arte, conselho na vida)

Vencedor do Oscar de Melhor Diretor por “Gigi” (1958), o norte-americano Vincente Minnelli [1903-1986] realizou em 1952 a obra-prima dramática “Assim Estava Escrito”, que sintetiza com maestria os cacoetes produtivos que engendraram a magnificência dos filmes estadunidenses. Era a época dos grandes gêneros, das superproduções, do ‘studio’ e do ‘star system’. E é tudo brilhantemente retratado neste longa-metragem, cujo título original é ‘The Bad and the Beautiful’ [“O Bruto e a Bela”], mas foi batizado em Portugal como “Cativos do Mal”. Afinal, cada país incutia nos títulos dos filmes chamarizes específicos para suas audiências nacionais…

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Cinema
Wesley Pereira de Castro

“Que mania de achar que a gente não pode ter as coisas!”, ou o Cinema enquanto evocação feliz do dia a dia…

Após ter estreado no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, o longa-metragem “A Felicidade das Coisas” (2021, de Thaís Fujinaga) também fez parte dos lançamentos brasileiros exibidos na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo: primeiro trabalho de sua realizadora, este filme foi um dos mais elogiados por público e crítica durante o evento, o que é bastante compreensível. Muitíssimo bem conduzido em suas evocações da vida cotidiana, ele serve como um pertinente reflexo socioeconômico das mudanças políticas enfrentadas pelo Brasil nos últimos anos…

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