Venho falar, como não podia deixar de ser, do COVID19. Vou tentar ser breve…
Estamos em Estado de Emergência.
Isto significa que estamos mais condicionados do que estávamos; mas finalmente fechámos as fronteiras… Sempre achei que as fronteiras deveriam ter sido logo – se não fechadas –controladas e monitorizadas… E – francamente – nunca entendi esta inacção das autoridades; os quês e os porquês… Estou certo de que haveria alguns; tenho dúvidas é que fossem no interesse público da saúde da nação. Mas agora já está…
Contudo, o nosso problema não acabou; o COVID19 continua por aí, na invisibilidade, a infectar os mais incautos, os mais temerários, e aqueles que acham que isto é só uma gripe. Mas não há dúvidas que isto é mais do que uma gripe; os números falam por si, a doença vai conquistando terreno. Não acham que está na altura de olharmos para isto como aquilo que é; uma guerra?
Vamos ver uma coisa, se de repente tocassem as sirenes de ataque aéreo; quem é que iria para a rua a não ser em casos de extrema necessidade?
Estou certo de que ninguém o faria…
Mas vejam… Num ataque aéreo conseguimos ver o avião, conseguimos perceber onde caem as bombas – ainda que dificilmente escapemos a uma que nos caia em cima – e podemos escolher um melhor caminho. E com o COVID19? Alguém sabe onde ele está? Em que gotícula de ar se alojou? Em que superfície nos espera pacientemente?
Não… Não saberemos, nunca, se aquela pessoa com quem nos cruzámos nos contagiou; se aquele toque que demos no candeeiro da rua nos contaminou; se quando coçamos o rosto, nas unhas levámos, o coronavirus… Viveremos nessa ansiedade por 5 dias, depois esperamos até aos 14 e, por fim, aguentamos até perfazermos os 24… E, mesmo que nesse período nada tínhamos tido, saibam que – mesmo assim – podemos ser um foco de propagação; e para quem?
Para aqueles que mais nos importam: família e amigos. E saibam que esses podem não ter a nossa sorte e reagir muito mal ao COVID19. Não?
Alguns exemplos:
Aquela rapariga de Felgueiras… Foi um amigo – assintomático –, vindo de Itália, quem lhe pegou; e agora ele está bem enquanto ela luta pela vida. Outro caso; um rapaz descobriu que tinha o vírus e isolou-se em casa – muito bem; mas antes de o saber – coitado, julgava que estava saudável – jantou com uns amigos e, agora, um deles está em estado grave…
Querem sentir isto? Querem ter este remorso; esta culpa? Querem ser agentes desta doença?!
#FICAEMCASA