Cumpre-se neste mês de março de 2022 três anos que o autor começou a colaborar com A Pátria, publicando reflexões mensais sobre os mais variados temas, abrangendo desde as áreas onde desenvolve pesquisa, a assuntos da atualidade e de interesse para diversas faixas da população. No primeiro grupo, a liderança foi abordada nos três primeiros textos, assim como noutros que se seguiram. Ainda neste primeiro grupo, a motivação e cultura também mereceram bastas palavras, assim como a felicidade e o bem-estar. Entre os assuntos da atualidade, a pandemia e as suas consequências ocuparam lugar central. E num terceiro grupo, trataram-se rúbricas tão distintas como as férias, a amizade, o Natal, e a linguagem, entre outras.
Em jeito de balanço do passado, procura-se como esta curta recensão alinhavarem-se tópicos para ponderação futura, expondo algumas ideias com potencial para tratamento vindouro.
Os estímulos para os temas têm vindo de várias fontes. O trabalho do autor, como investigador e professor universitário, tem sido uma nascente importante. Mas igualmente relevantes têm sido a sua própria experiência, a observação de acontecimentos mundanos, outras leituras em A Pátria, e as sugestões fornecidas por leitores, colegas, amigos, familiares e outras pessoas significativas.
O objeto de análise em todos os textos é o mesmo: a riqueza da vida em todas as suas cambiantes e variantes. Por exemplo, a exploração mais ou menos descuidada dos recursos de Tonga (nas notícias em janeiro de 2022 devido à erupção violenta de um vulcão submarino), serviu como pretexto para um par de textos (setembro e outubro de 2019) sobre a dificuldade que tem o ser humano em co-habitar de forma sustentável com o seu meio envolvente. Numa reflexão também em duas partes, em maio e junho de 2021, remete-se o leitor em vias de entrar em férias para explorar a riqueza coletiva do mundo da lusofonia, que é como quem diz os locais classificados como património universal pela UNESCO, que podem ser encontrados em Angola, no Brasil, e nos demais países em que o português é a língua oficial.
O impacto e a popularidade dos textos variam ao sabor das audiências e dos momentos em que são publicados, não obstante existirem poucas métricas disponíveis para inferir sobre essas variáveis. Tomando como compasso o contador de visualizações incorporado na revista, alguns dos menos populares incluem o sobre culturas de propósito, ou o texto sobre a importância dos espaços verdes em cidades. Entre os mais vistos, incluem-se o efeito borboleta, parte 1 (sobre as primeiras consequências da pandemia, publicado em março de 2020), e o complexo de Deus (sobre um modelo de funcionamento mental hiper-centrado em si próprio, publicado em agosto de 2020). Tomando outro barómetro, o das visualizações na plataforma LinkedIn, então o trabalho sobre a estupidez humana despacha para um segundíssimo lugar todos os outros registos.
O parágrafo anterior deixa algumas pistas para futuras cogitações. A segunda parte sobre o efeito borboleta impõe-se, agora que se celebram pouco mais de 2 anos sobre o início da pandemia. O mesmo se pode asseverar sobre o complexo de Deus e assuntos correlatos, já que emerge a necessidade de compreender melhor o que leva alguns governantes a iniciar uma guerra com um potencial apocalíptico global. A estupidez humana será revisitada (em força de expressão), visto que após a publicação do texto sobre o tema, foram recebidas várias sugestões e ideias que merecem desenvolvimento. Outros conteúdos na calha incluem o desenvolvimento moral, a incompetência, a felicidade, e as fake news.
Os conteúdos serão sempre suportados com trabalhos científicos, relatórios, ou outras fontes credíveis, que apoiem o argumento articulado e exposto. O estilo será sempre típico da redação científica a que se conferem algumas liberdades concetuais e literárias. E os exemplos fornecerão sempre um complemento colorido às ideias e considerações apresentadas. O objetivo final é sempre o mesmo, que se pode traduzir pelo referido no estatuto editorial de A Pátria: “[veicular] a opinião da comunidade científica de língua portuguesa espalhada pelo mundo, versando sobre os mais diversos problemas que preocupam as sociedades contemporâneas”.