Já parastes para pensar que a sociedade está a virar uma sociedade de rótulos?
Sou da geração dos nascidos em 1980, que ganhou o rótulo de “geração Y”. Quando jovem e até os anos 2004, não me recordo de tantos rótulos, tantas opções sexuais, raças e cores.
Se não gostamos de carne de vaca somos vegan, veggie, vegetariano, ovovegetarianos, lactovegetaruanos e outros, se gostamos de laranja somos “laranjitos” e etc.
Hoje, me rotulando como pensador, penso que rótulos só geram grupos, e, por conseguinte, exclusão.
Quando digo que tenho o rótulo “pensador”, estou excluindo alguém que não seja “pensador” e dessa exclusão nasce as minorias.
Das minorias nascem sentimentos de repúdio aos que não tem o rótulo e, por óbvio, não fazem parte do grupo.
Paralelo a criação de rótulos, criação de grupo e exclusão, temos um mundo cada vez mais globalizado e planificado, não estou a falar de terra plana – que é outro rótulo “terraplanista”.
Antes o mundo vertical era bem dividido por classes que tinham acesso à informação e a classe que não tinha.
Atualmente a horizontalidade tecnológica gerada pela internet faz com que o conhecimento/informação esteja na mão de qualquer pessoa.
Neste exato momento discute-se, em qualquer lugar do mundo, a razão ou não da guerra da Rússia contra Ucrânia, seja num bar, em casa, num programa televisivo ou na ONU, apesar desta última não demonstrar e atuar como se espera.
Pois bem, qual o sentido do texto? Nenhum.
O sentido do texto só você leitor pode dá-lo. Meu papel é trazer informações e pontos, minimamente conexos, para sua reflexão sobre a necessidade de rótulos para comedores de tomates e o quanto isso vem prejudicando o mundo, inclusive criando guerras.



