No mais fundo de sua alma
Há remansos ou cascatas?
Há pradarias ou vulcões?
Coisas confusas ou exatas?
Placidez ou erupções?
Sejam quais forem
Há que aceitá-las.
Às más, ao se proporem,
Há que evitá-las
Viver é esse misto
De vitórias e derrotas
Deste sítio onde existo
E ir entrando em outras portas
Pois mesmo sem ganhar a palma
Dos turbilhões se farão remansos
A convulsão tornar-se-á calma
A agitação encontrará descanso
De tudo que sentir lá no mais fundo de sua alma.
Antológicas, página 112.
Imagem de capa: Domínio público, por Pixabay.