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Coletânea poética “Azul Instantâneo” ganha segunda edição

Coletânea poética “Azul Instantâneo” ganha segunda edição

A Pátria – Jornal da Comunidade Científica de Língua Portuguesa apresenta hoje uma coletânea poética que tem sido lida um pouco por toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), através da sua versão digital. A obra intitula-se Azul Instantâneo e é da autoria de Pedro Vale. A coletânea foi lançada em formato impresso em dezembro de 2017 e é o primeiro livro de poesia do autor. Neste momento, está a ser promovida a segunda edição desta obra.

Azul Instantâneo resulta de um exercício de escrita espontânea empreendido ao longo de um ano e meio. Todos os textos compilados nesta obra foram escritos entre março de 2016 e setembro de 2017, originalmente publicados nas redes sociais do poeta. Após o feedback recebido por parte dos internautas, o autor decidiu editar alguns dos textos previamente partilhados, dando assim origem à coletânea.

Pedro Vale descreve esta obra como “poesia lírica, visual e concreta, filosofia, observação, micro contos, experimentalismo e haikus perfazem uma obra de arte portátil que apela diretamente aos sentidos dos leitores e procura explorar os limites e as possibilidades da linguagem poética”.

Importa referir que o artista Hernando Urrutia é o responsável pelo design gráfico da obra.

Sobre o autor

Pedro Vale nasceu a 6 de junho de 1979, na cidade do Porto. O autor vive desde 2002 no Funchal, na ilha da Madeira, onde é professor de primeiro ciclo. Além de trabalhar com o público infantil, Pedro Vale possui uma vasta experiência com turmas de ensino recorrente de adultos. É formado em Ciências da Cultura e frequenta o mestrado em Gestão Cultural na Universidade da Madeira.

Seleção de poemas da coletânea Azul Instantâneo

Luz(a) alma

Luz(a) alma

Sossega e vive do ar

A cómoda alma, armário espacial.

Plana e cisma a esmola pintada

Na rua nua e perfumada.

Sonha a universal fundação,

À beira-rio, navio-fantasma e fruição.

Entoa, na guitarra infantil, dramática gente,

Num acorde simples, medieval.

– Ó alma lusa,

Acorda e sente,

Mesmo que à tangente,

O que é ser filha de Portugal.

Porto

Porto

A poesia vai

Pela rua,

Nua.

Esconde-se

Nas manhãs mais

Frias.

E é à noite que lhe foge

A voz.

Lenta

E lenta,

Lentamente,

Até

Desembainhar

Na

F

O

Z

É preciso viver sem paixões

É preciso viver sem paixões.

Mergulhar no absoluto anonimato,

Permanecer morto ou vivo até ao fim.

Aclamar o tumulto escuro e bruto.

Encenar o drama clemente e lento.

Sentir um amor ideal por anjos nebulosos.

Descobrir um novo fundo de poesia e aguardar

uma voz que nos ordene docilmente:

– Não te movas, nem te inquietes,

nem traias o que

ainda não

és.

Imagem de capa: Hernando Urrutia Fonte: Pedro Vale

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