O conceito de poder apresenta uma enorme complexidade e abrangência, dependendo de quem o define e a área de conhecimento. Por um lado, premeia vários aspetos da vida humana, na qual pode influenciar dinâmicas individuais e/ou coletivas. Por outro lado, apresenta-se muitas vezes relacionado com questões de ética e responsabilidade no exercício de poder.
Já na antiguidade, Platão, no seu livro, “A República”, vislumbrou um modelo de sociedade justa e ideal, liderada por filósofos-reis — indivíduos com conhecimento filosófico que governariam com base na sabedoria e na virtude. Para Platão, o poder deveria ser exercido por aqueles que possuíam a capacidade de discernir o que é melhor para a sociedade como um todo. Por seu lado, Maquiavel, na obra “O Príncipe“, aborda o poder como algo que deve ser mantido, independentemente do custo.
Na contemporaneidade, Foucault argumentou que poder é algo difuso e disseminado por todas as instituições sociais, sendo uma força constantemente tanto exercida como resistida.
Muitas outras perspetivas refletem a ideia síntese do poder pelo poder em si. Por exemplo, podemos referir Weber ou Nietzsche, que desenvolveram o conceito de “vontade de poder” ou mesmo esta ideia pode estar associada ao filósofo Platão. Subjacente a esta questão fica a argumentação de que não se deve almejar o poder sem um propósito ou objetivo claro.
Não querendo transpor a minha área de conhecimento, mas apreciando a compreensão das relações sociais, deixo uma reflexão pessoal de poder…. Que é, na minha humilde visão, uma coisa engraçada de se ver.
O poder é uma coisa engraçada de se ver
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O poder é uma coisa engraçada de se ver
São poucos os que assumem querer
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O poder é uma coisa engraçada de se ver
Quem o leva, demonstra o seu valer
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O poder é uma coisa engraçada de ser ver
Ninguém o quer largar depois de o ter



