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O dilema das redes sociais

O dilema das redes sociais

Há um documentário na Netflix homónimo a este texto, no qual pessoas da área de tecnologia da informação, diretamente ligadas (ou que se desligaram) das empresas de comunicação online e das redes sociais, como Google, Instagram, Facebook, YouTube, Twitter entre outros, vem trazer uma questão que já suspeitávamos. Nós não consumimos estes produtos. Nós somos o produto!

Pois, e somos o produto porque a cada clique fornecemos, gratuitamente, informações nossas, porque com o “rastro” virtual que deixamos, conseguem nos mapear por completo e, aliado a técnicas psicológicas, utilizando nossos gatilhos mentais, apresentam-se sistematicamente produtos e serviços para que sejam consumidos.

Sabemos do perigo que é a nossa exposição excessiva na rede, com a aposição de nossos dados pessoais, senhas, fotos de família, localização. Não. Não é exagero dizer que nos vêem através de nossas câmeras e que nos ouvem por meio de nossos aparelhos eletrónicos. Não, não é exagero. É um fato. Assim, como não é exagero mencionar quantas famílias se destroem por conta do isolamento que a presença online faz. Mais longe do que perto, mesmo que ao lado fisicamente falando. Igualmente não é exagero e bastante alarmante a dificuldade dos jovens em gerir o tempo, em ver a sua autoimagem modificada por lentes que não condizem com a realidade da vida.

Também não é exagero dizer o quanto, por conta de nosso próprio relacionamento com as redes, estas nos manipulam, mostrando em nosso feed apenas o que queremos ver ou ouvir, o que propicia um mundo em bolha, gerando um maior estranhamento e distanciamento daquele que pensa, sente e age de forma diversa.

No entanto, nossas vidas ficam cada vez mais absorvidas pelas tecnologias. Há vantagens? Claro que há. O momento atual que vivemos por conta da pandemia veio nos mostrar o quanto as tecnologias nos facilitam: Home Office, aulas online, congressos vituais ou em streaming, entre outras facetas. Há também diversas ações positivas de mobilização social que podem ser feitas vitualmente, podendo até mudar realidades menos boas no planeta.

Assim, o que quero dizer é que precisamos olhar para ambos os lados. Precisamos aproveitar o que há de melhor neste mundo, que já não volta atrás, mas também saber, reconhecer e aceitar que há uma outra faceta, para que assim consigamos lidar com ela e fazer com que a vulnerabilidade a que somos expostos e que são apresentadas diminuam.

Imagem criada pela autora

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