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MPLA vence eleições angolanas com 51% dos votos

MPLA vence eleições angolanas com 51% dos votos

Na passada segunda-feira, dia 29 de agosto, Manuel Pereira da Silva, presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana, anunciou os resultados definitivos das eleições angolanas, que deram a vitória ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com 51% dos votos contra 44% da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

Dos 14,4 milhões de eleitores, votaram 44,82% com 1,67% de votos brancos e 1,15% de votos nulos. O MPLA alcançou 3.209.429 de votos, o que representa 51,17%, e a UNITA arrecadou 2.756.786 votos, ou seja, 43,95% do total de votos. Com estes resultados, o MPLA elegeu 124 deputados e a UNITA 90 deputados.

Face a estes resultados, João Lourenço, cabeça de lista do MPLA, foi proclamado Presidente da República de Angola pelo plenário da CNE, e Esperança da Costa, segunda da lista do MPLA, foi proclamada vice-presidente.

Os resultados provisórios foram contestados pelo líder da oposição (UNITA), Adalberto Costa Júnior, que não reconheceu a vitória do MPLA nas eleições gerais do passado dia 24 de agosto. Nesse sentido, a UNITA pediu uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.

De acordo com os dados divulgados pela CNE, quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições gerais, o MPLA, no poder desde 1975, obteve 3.162.801 votos, menos um milhão de boletins escrutinados do que em 2017, quando obteve 4.115.302 votos. A UNITA, por sua vez, registou uma subida significativa, elegendo deputados em 17 das 18 províncias e obtendo uma vitória histórica em Luanda, a maior província do país, beneficiando da mudança do perfil do eleitor urbano, mais jovem.

De referir que em declarações proferidas em conferência de imprensa na passada sexta-feira, 26 de agosto, Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, ladeado por Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes declarou que “A UNITA não reconhece os resultados” (provisórios). Em nota enviada às redações, pelo Secretariado Executivo do Comité Permanente da UNITA, na passada terça-feira, reitera-se o não reconhecimento dos resultados oficiais apresentados no dia anterior pela CNE, antevendo-se a contestação junto dos tribunais superiores e um período de instabilidade política.

Recorde-se que, o não reconhecimento por parte da UNITA – então liderada por Jonas Savimbi  – dos resultados das primeiras eleições legislativas e presidenciais de 1992 originou um retorno à Guerra Civil. No entanto, passados 30 anos o atual líder da UNITA apelou a todos os angolanos “para se manterem calmos, serenos e confiantes na direção” deste partido.

O MPLA tem registado um sucessivo decréscimo dos resultados eleitorais desde 2012 (71,8%), 2017 (61%), 2022 (51,2%), assistindo-se a um recuo de cerca de 10 pontos percentuais de eleição para eleição. Pelo contrário, em sentido ascendente, a UNITA tem vindo a crescer cerca 10% de eleição para eleição, verificando-se em 2012 (18,7%), 2017 (26,7%) e 2022 (44,8%).

Fonte: Lusa  |  Imagem de fundo: Domínio público, por Pixabay.

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