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A realidade paralela IV – διαλεκτικ.

A realidade paralela IV – διαλεκτικ.

Ao Caminho entre as ideias chamamos διαλεκτικ, DIALÉTICA. A estabelecida ideia de argumentação e contra-argumentação, que só terá interesse se com ela alcançarmos algum tipo de conclusão válida e universal, posto que se específica, poderá tratar-se de uma realidade eventual, que atenda só uma narrativa preconcebida, sem reflexo na realidade, e aquela que se diz paralela, e que, cqd, sabemos não existir.

Triuvium.

Gramática, lógica e retórica, as três ferramentas da linguagem, as três disciplinas com as quais começava o ensino universitário medieval, constituindo sua primeira parte, e que eram a base de toda a formação nas artes liberais. Era seguida do Quadruvium, completando a forma das sete artes, mas que começava sempre pela palavra, como é normal.

Quadrivium.

Aritmética, geometria, astronomia e música, temos aí dois pares, são duas teorias e as suas respectivas aplicações, relativas à matéria e à quantidade, que conformavam a segunda parte do ensino superior, e que eram ensinadas originalmente na Antiguidade nas Escolas gregas, como a base do conhecimento, e que na Idade Média passaram a ser a segunda etapa da formação universitária, que, tendo partido da linguagem, logo a seguir assumia o mundo exterior à mente, propondo estes dois/quatro caminhos interpretativos. Hoje ver a música como um método de interpretação da realidade pode parecer estranho, porém esta é, em si, a aplicação da teoria dos números, expressão da Aritmética portanto, mas para quem bem refletir, independentemente do conhecimento do que pensavam os antigos, poderá entretanto concluir que o método musical tem muito a acrescentar ao entendimento das coisas, sobretudo se o entendermos como harmonia, já que tudo na matéria tem sua música, uma vez que tudo vibra, tudo o que existe vibra, inclusive as expressões de ordem metafísica, mas em nenhuma podemos incluir a mentira, que expressa uma coisa que não é, não existe, logo não pode vibrar, assim como a dita realidade paralela que é uma forma sofisticada de mentira, que também não pode vibrar portanto, e daí podemos concluir que não há realidade paralela.

DIÁLOGO

Sendo metodologia didática de conversação alternada, com perguntas e respostas, visa encontrar um acordo, este que será a síntese, e a conclusão do diálogo. Todo o percurso do método é o de ir-se inferindo da melhor resposta, ou no plural também, para que expliquem o fenômeno em estudo.

PROCESSO GENERATIVO

Nos processos de tentativa e erro perseguimos hipóteses que buscam ser comprovadas, no processo generativo, onde o desempenho dos resultados buscam logo atingir os objetivos pretendidos, ou então a posição mais próxima possível deles, sem maiores questionamentos. Onde ou há um erro inicial, ou está-se a caminho da cnclusão pretendida. O mesmo se passa com as Inteligências artificiais, onde esse método é absoluto, ou, como se passará em nossa mente, mesmo quando a conclusão seja errada tentamos uma conclusão geral, global, e nunca os degraus sucessivos da tentativa e erro, mesmo quando a utilizemos na prática só como método de pesquisa, mas ao nível de nossas mentes na hipótese já estarão traçados caminhos mais largos, o que diferencia a realidade prática da teoria.

CAUSA E EFEITO

Descobrindo a série infindável de possibilidades, as experimentamos com o intuito de determinarmos as razões de um fenômeno, estas que perseguimos como geradoras de uma determinada ocorrência, de um determinado evento. Sabemos que de uma ação resulta um determinado efeito, o que o causa é nossa busca, uma vez que da compreensão de muitos pares de ações e respostas, causas e efeitos, podemos obter uma perspectiva alargada do fenômeno, o que nos levará à sua total compreensão, quase sempre. Só um engano desde o início, poderá nos fazer acreditar numa improbabilidade, assim age a narrativa paralela que nos procura levar a acreditar num fenômeno inexistente, para impor sua tese como realidade. Esta que não poderá ser comprovada com a repetição da experiência, mor das vezes, comprovação que daria admissibilidade à narrativa. Se a aceitarmos, com essa admissão estabelecer-se-á uma pretensa realidade, dita paralela. Uma peta encaixada.

TESE\ARGUMENTAÇÃO

É a ideia lançada para entender-se determinado fenômeno, e que o tenta explicar.

ANTÍTESE\CONTRA-ARGUMENTAÇÃO

A ideia contrária, para refutar a tese, que não tenta, e não irá explicar o fenômeno, mas, estabelece um diálogo, o que deverá resultar na compreensão, ou não, do fenômeno.

SINTESE\CONCLUSÃO-TEOREMA

Debatida a tese, contraposta sua antítese, avaliado todo o conjunto e seus resultados, se estabelecerá uma síntese de causa e efeito, do simples das partes estudadas, para o todo mais complexo, e deverá daí emergir o teorema, esse que deve ser demonstrado para se tornar evidente síntese, cqd, e poder assumir a sua posição de conclusão, de desfecho dialético. Todo esse processo visa só um propósito, o entendimento da verdade

O QUE É A VERDADE?

A verdade é a propriedade de estar de acordo com a realidade, de acordo com os factos, com tudo o que é, como são também as respostas lógicas que emergem da análise dos fatos. Conclusão baseada na evidência, essa que existe em nossa realidade, e não numa imaginária que possa atender fielmente aos factos, e não só a eles, posto que inserido na ‘realidade’ há mais que factos, há também as suas circunstâncias, estas que não se incluem na realidade imaginada, uma vez que não inclui os imponderáveis do fenômeno. Propriedade que é uma qualidade inerente, inalienável, inarredável, que não se pode afastar ou substituir daquilo que é, ou seja da realidade, essa que há, e que aqui está inteira, e que é só uma.

O PROVÁVEL

A Antropologia cultural e a filosofia qualificam o imaginário, a realidade e a ficção de forma bem vincada, distinguindo os valores que as diferenciam, não admitindo outra concepção que não a do real, e a do possivelmente real quanto ao imaginário, e ao irreal para a ficção, excluindo outras realidades como sendo inexistentes e inadmissíveis, portanto não aceitam realidades paralelas. Conceito que, ademais, não faz o menor sentido filosófico.

“Multiverso”.

Palavra não dicionarizada e conceito pseudo-científico que tenta descrever um conjunto de universos possíveis. Por serem possíveis não serão prováveis, menos ainda existentes. Como o conceito inclui no conjunto o nosso universo, dá, desse modo, azo a que se possa crer numa realidade paralela, o que é, no entanto, pura mistificação.

LÓGICA

Busca determinar o que é verdadeiro, e, como sabemos, numa realidade paralela, por mais lógica que possa parecer, nada tem de verdadeiro, logo conterá sempre algo de ilógico, por mais bem engendrada que seja sua narrativa.

MANUTENÇÃO E SUPRESSÃO

Dois conceitos que se assentam na nossa concessão aos efeitos da realidade estudada, e nenhum cabe em realidade que não seja objetiva. Apesar de a pretensa realidade paralela poder produzir efeitos, esses não se manterão suficientemente resistentes aos processos de checagem, vindo logo a diferir da realidade.

SIGNIFICANTE E SIGNIFICADO

Por mais que uma determinada realidade criada, posssivelmente real, paralela como chamam-na, se vá colar ao imaginário, inclusive o coletivo, sempre acabará por desviar-se da ‘realidade-real’ por falta de significante, por mais significado que possa aparentar ter.

OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE

A realidade paralela é estruturalmente subjetiva. Logo uma construção deficiente, e que se decomporá face a luz da objetividade, pela inevitável falta de significante.

PENSAMENTO CONTRA-FACTUAL.

Atribuem a Frank Lloyd Wright a afirmação: “A verdade é mais importante que os factos.” penso que o arquitecto estadunidense que era muito inteligente ao fazer tal afirmação, onde quis chamar a atenção para a globalidade do entendimento, uma vez que os factos, em princípio, ‘são’ a verdade, ou seja tem de estar em acordo com a verdade. Assim como a verdade é a propriedade de se harmonizar com os fatos, logo qualquer efeito dissonante, será incompatível, o que significa que não poderá haver gradação de importância possível entre coisas equivalentes. O que ele quis no entanto dizer como significando verdade foi a implicação dos factos, ante e posteriormente à sua ocorrência. Ao que vem antes, chamamos circunstâncias, ao que vem depois, consequências, o que é certamente mais abrangente que só os factos em si mesmos. – É facto que levou um tiro, e a verdade é que morreu, poderia não ter morrido, que seria um desfecho mais feliz. Mas a verdade ‘toda’, por assim dizer, é que levou um tiro e morreu, dois factos conexos não separáveis, causa e efeito. Pois bem, sem esquecer o ensinamento que nos foi dado pela Graça, de que Só a verdade liberta. “Conheça a verdade e ela vos libertará.” João 8:32. Luz plena de entendimento, temos que toda narrativa que encobre a verdade, é sombra, é escuridão, é prisão, é engano. É isso que é a dita ‘realidade paralela’, uma vez que esta não acontece ou aconteceu, portanto sem o ser, sendo apenas imaginário, e como tal demarcado, ou seja seria ficção, se se restringisse a sê-lo, mas, com se apresenta, é falsidade, essa que nos aprisiona, como mentira que é. O pensamento contra-factual só é válido como hipótese, como elemento da antítese, mais nada, o resto é pura mentira, o que não é, nem pode ser, expressão de nada. Só o que existe expressa alguma coisa no mundo real, o mais é o vazio, por isso não existe realidade paralela.

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