Confesso que não sou bom na interpretação da arte e recentemente esta percepção piorou.

Estou a falar do novo mercado de arte, mas agora no mundo virtual: NFT Art.

Se não sabes do que se trata, tentarei explicar.

As vendas das obras são realizadas no mundo virtual e tem sua autenticidade garantida através do uso da blockchain.

Não custa lembrar que blockchain é uma espécie de plataforma onde são feitas operações e que o registro e rastreamento está exposto para qualquer pessoa.

O NFT, sigla para No Fungible Token, é um token que identifica determinado objeto e, por conseguinte, a operação realizada.

Uma espécie de selo de garantia que a aquele objeto é verdadeiro e possui um dono. Tal confirmação, como falado, vem através do uso da blockchain, que através de um sistema descentralizado e aberto, confirma-se a autenticidade das informações.

Logo, através dessa criptografia é possível identificar: quem comprou, quem vender, qual valor da operação, data da compra e etc.

O pagamento dessas operações é realizada da criptomoeda, Ethereum. 

Pois bem. O NFT Art foi criado em 2014 pelo artista Kevin McCoy, durante uma exposição no Museu de Arte Contemporânea em Nova Iorque. Tal objeto virtual foi vendido por US$1,4 milhão de dólares.

Nesse momento, milhares de milhões circulam nesse mercado virtual e seguro das obras de arte chamadas de NFT Art.

A NBA, liga de basquete norte americana, criou o NBA Top Shot, onde vende fotos ou vídeos capturados nos jogos.

O que chamou me atenção no NFT Art é a diversidade das imagens e vídeos e como a especulação desse mercado é um item essencial.

A raridade é um elemento fundamental para valorização da obra virtual, ao contrário da qualidade, pois imagens estranhas, como de um gato com baixa definição chamado Nyan Cat, são vendidas por milhares de dólares.

Como disse, a interpretação da arte nunca foi algo fácil, mas hoje se tornou exponencialmente complexa, quiçá intangível.