26/6/1937 – 5/1/2021
Pelo em ovo…
Aquele vigor operário
Aquela criatividade infinda
Mesmo octogenário
Trabalhava ainda
A intimidade da pedra
O suor de pó
Ultrapassar a glabra
Desatar o nó
Quebra a cabeça sem quebra
Esventrada e desmesurada fibra
Sob seu olhar maroto
Alegria erótica de garoto
Tanto destro como canhoto
Irreverente escultor da pedra.
Deixo-te para sempre este soneto. Vou sentir muita saudade em ir a Évora para aquela charla boa, intensa, ver as tuas pentelhudas, e voltar com o carro carregado de sua pedra, boa pedra para enfeitar a casa de tanta gente. Evoé João!!!