Nesta semana, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), lembrou o Dia Mundial das Abelhas. Isso tem alguma importância? O que as abelhas têm com a vida dos humanos?
Bom, para começo de conversa, elas, junto a outros insetos e animais, são responsáveis pela polinização de mais de 75% das principais culturas alimentares do planeta. E vem aí a informação muito grave: segundo a FAO, esses polinizadores estão sob ameaça e seu volume está caindo por conta das atividades humanas.
De acordo com a FAO, os polinizadores mais populares são as abelhas, com de 25 mil a 30 mil espécies. Sem abelhas e outros polinizadores – borboletas, beija-flores, morcegos e até mesmo macacos, entre outros – a FAO afirma que não teríamos café, maçãs, amêndoas, tomates e cacau, entre muitas outras frutas e culturas produtoras de sementes. Abelhas selvagens são polinizadores mais produtivos que espécies domésticas, à medida que possuem mais pelos para que partículas de pólen fiquem agarradas.
Dados de pesquisas disponíveis nos Estados Unidos e Europa denunciam que estamos possivelmente perdendo algumas espécies de abelhas para sempre. “É realmente uma junção de fatores basicamente acontecendo ao mesmo tempo, todos eles impulsionados pela atividade humana”, disse Abram Bicksler, oficial de agricultura da FAO.
“A mudança climática é um fator, a perda de habitat é outro, o uso excessivo de pesticidas também, mas ainda há muitas doenças e pestes que estão afetando nossos polinizadores. Então, sim, quando tudo isso se junta, polinizadores estão enfrentando um momento difícil”, disse Bicksler.
Em pedido de proteção às abelhas e outros polinizadores, a FAO destacou seu papel essencial para manter o planeta saudável ao conservar a biodiversidade – um pilar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Para o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, é preciso “reconhecer o papel da apicultura, das abelhas e de outros polinizadores no aumento da segurança alimentar, na melhoria da nutrição e na luta contra a fome”.
Com informações da ONU.
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