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Cluster do turismo – O turismo são pessoas que falam com pessoas

Cluster do turismo – O turismo são pessoas que falam com pessoas

Numa região em que o turismo representa 16,7% do número de postos de trabalho e que relativamente às regiões a nível nacional está entre o top 3 do número de dormidas, é relevante identificar decisões que possam contribuir para sustentar e ampliar este focus no turismo.

Atualmente, a nossa região e desde 2010 sofre constantemente uma redução do número de pessoas, em que número de pessoas que nascem é inferior em média a 900 pessoas por ano, relativamente às que morrem.

Para manter uma dinâmica de emprego e ativa de crescimento do turismo, torna-se imperioso que a região se sustente nas pessoas que cá estão, nas que possamos atrair e na capacidade de forma progressiva criar condições para a sustentabilidade do futuro da nossa região.

A região fruto de décadas de prática de turismo, criou grupos com raiz regional e com amplitude dinâmica internacional. Esta internacionalização, sendo dinâmica nas vertentes de exportação e de importação de práticas de gestão e de recursos humanos, dá uma capacidade única da criação de um cluster do turismo de raiz regional.

Quem quer estudar turismo em Portugal deve ter a Madeira como referência.

É neste ponto que suporto, a necessidade da criação de uma triangulação frutuosa de esforços entre as empresas, o mundo académico e a administração regional.

A Universidade da Madeira, o ISAL e a Escola Hoteleira, bem como outras escolas de formação profissional são pontos de referência de formação de quadros em turismo e gestão do turismo na região ao longo de vários anos.

Uns com mais anos de experiência, outros mais recentes, mas o mais importante é que todos contribuem para uma oferta de formação ampla e diversa que abrange as diferentes funções e necessidades do turismo da região.

Ao nível académico estamos cientes que a experiência do saber fazer dos nossos quadros de referência em hotelaria, restauração, animação e operação turística são uma mais valia que deve ser enquadrada e potenciada para formação de novos quadros regionais e internacionais.

Ao nível empresarial também é common sense que faltam pessoas e quadros formados, mas também é real que muitos dos melhores laboratórios de formação estão dentro das empresas, numa prática diária e secular transmitida de geração em geração e que urge cativar, estudar e replicar as melhores práticas para gerações futuras. Também a este nível, a disponibilidade de recursos humanos facultados pelas instituições acima referidas, através de novas e constantes fornadas de pessoas capacitadas em conhecimento teórico e moldados pela prática presentes nas suas unidades, torna-se numa mais valia para as mesmas, quer pela diversidade, quer pela oportunidade única de renovar com formação contínua os que estão e os que chegaram as empresas.

Ao nível da administração local, a criação de um cluster poderá potenciar a região em três vertentes:

-branding: A Island of tourism

-quality: Pessoas formadas, melhor qualificação do destino e do saber servir

-pessoas: criar condições para residirmos e vivermos e estudarem na região, fixa quadros e de forma contínua melhora as condições de vida.

Neste sentido, é hora de agarrarmos num desafio que precisa de uma visão de futuro.

Temos hotéis dos melhores do país, e em muito equiparáveis aos melhores ao nível mundial.

Temos grupos internacionais.

Temos quadros que vivem turismo com 30, 40 anos de carreira, em diferentes funções.

Temos uma ilha que em cada esquina cruzamos com um turista.

Somos um laboratório vivo para estudar e potenciar as melhores práticas.

Não podemos e não devemos deixar os nossos residentes querer estudar turismo fora da região, quando cá tem o que melhor se faz a nível nacional, e onde inclusive conseguimos atrair estudantes europeus em termos de mobilidade para estudar turismo.

O cluster cria-se a montante, na captação de pessoas e sua formação, mas prolonga-se na vivência prática das nossas empresas turísticas e irá solidificar-se com a contínua adaptação dos quadros e da formação as necessidades evolutivas da região.

Por fim, o turismo potencia as diferentes áreas de ensino da região, apoio médico e enfermeiro aos turistas que nos visitam, ao desenvolvimento de software específico e global para uso no turismo, a divulgação de cultura e da sua apresentação histórica mas contemporânea e evolutiva e inclusivamente a indústria e serviços locais que necessitam de quadros que deem resposta aos desafios que esta ilha que respira turismo coloca.

Temos formação profissional a níveis muito elevados, as quais podem contribuir para a elaboração de licenciaturas, mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos com qualidade e reconhecimento internacional.

Neste quadro futuro, a mobilidade da docência será necessária, a inclusão de profissionais no ensino académico é fulcral, assim como a criação de uma visão de atratividade no ser, trabalhar e viver do turismo para as gerações futuras é o principal objetivo.

O turismo são pessoas que falam com pessoas.

 

Imagem gratuita (ainar) em Pixabay

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