“É preciso falar seriamente sobre o problema da morte” ou de quando chorar durante uma resenha é indicativo de resistência…


Ainda que pareçam imediatamente disassociados, há pontos de intersecção possíveis entre o primeiro (e magistral) longa-metragem de Júlio Calasso Jr. e a situação desoladora em que encontra-se o Brasil atual: “Longo Caminho da Morte” (1971) revela-se um título profético – porque mui historicizado – para compreendermos a gestação diuturna do ódio político no contexto hodierno. O bolsonarismo advoga a morte; Júlio Calasso Jr. diagnosticou a origem longeva deste processo.